domingo, 16 de novembro de 2008

A escola da Cecília (a Miúda) é beeeem ruim. No início, pusemos lá porque era perto. Não foi tão ruim enquanto era creche ou maternal. Teve um dia em que a professora pediu pra treinar as vogais em casa, mas ignoramos, porque ela tinha acabado de fazer 4 anos, e tudo bem.
Queríamos mudar de escola no começo deste ano, mas ela pediu pra ficar por causa dos amigos. Achamos justo.
Com o passar dos dias, porém, a coisa piorou muito. No começo, eles disseram que iam mostrar as letras e suas "famílias", mas só as que iniciassem os nomes da galerinha. Não era alfabetização, não tinham essa pretensão...
O ano passando, cada dever de casa me dava vontade de chorar. Descolados da realidade, não privilegiavam o raciocínio próprio da criança, forçavam a barra pra eles desenharem números sem, no entanto, ensinar noção de quantidade...
Nas férias de julho, pensamos de novo em trocar, mas pareceu que ia ser meio complicado, agüentamos mais um semestre. Arrependidos a cada novo dever, mas fazer o quê?

Semana passada veio um bem ilustrativo: "família" do S (apesar de ninguém na sala dela ter nome que comece com S). O dever trazia uns desenhos, o nome embaixo sem a primeira sílaba, e as crianças tinham de escolher a "certa" de uma listinha ao lado.
Um dos desenhos: uma sereia.
No dever do S. Pra uma menina que se chama Cecília. Que sabe escrever seu nome há uns dois anos. E que aprendeu a "família" do C no começo do ano.
O que a Cecília disse:
- Uai, mamãe, sereia? Mas o dever é do S... Acho que a tia I. não sabe escrever sereia, né, mamãe?
- É, Cecília, acho que ela não sabe mesmo...

Ela até sabe escrever sereia, mas de aprendizagem de escrita e leitura ela não tem a menor noção!

Nenhum comentário:

Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.