segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

"Millennium"

Acabei de ler Os homens que não amavam as mulheres.
Quando estive em São Paulo, em janeiro, minha amiga Rita falou dessa trilogia Millennium. A gente conversava sobre coleções e histórias longas, que viciavam e alimentavam esse vício por muito tempo, como O Senhor dos Anéis e Harry Potter.
Disse que todo mundo tava comentando desses livros, que eram fantásticos e tal. Mas, curiosamente, eu nunca tinha ouvido falar.
Comentei, depois, com Rafael, e ele só fez alguma associação quando lembrou que o autor era um sueco que tinha morrido jovem, logo após escrever os livros. Eu, do meu lado, nem disso tinha referência.
Uns tempos depois ela me escreveu pra contar que tinha começado a ler os livros e estava amando.
Tinha lido cada um em menos de uma semana e já estava terminando o terceiro.
Claro que não resisti e, num dia em que precisei ir à Cultura, comprei logo a caixa com a trilogia completa.
Minha intenção era arranjar uma distração pra Júlia, que andava reclamando muito de tédio. Como se tratava de livros comentados no mundo todo, uma nova febre, e histórias cheias de ação e suspense, achei que ela se interessaria. O fato é que recomendação de mãe tem um certo bloqueio, por mais que pareça legal. Tudo bem, faz parte. Eu já 'tou tentando me acostumar.
No fim das contas, como o livro acabou largadinho por aí, não resisti.
'Tava doida por uma história que me tomasse de novo, e que fosse bem longa pra demorar muito a acabar.
Serviu tanto ao propósito de envolver, que já acabei. Ou seja, não serviu pro outro. Não lembro bem o dia em que comecei a ler, mas acho que foi na quinta ou na sexta-feira passada. Quer dizer, durou uns poucos 4 ou 5 dias.
Não vai ser uma mania pra me acompanhar pelos próximos anos, como aconteceu com o Harry Potter, mas tem o fato de os três livros já estarem publicados, então não dá muito pra comparar.
Pra compensar, é uma história adulta, e eu já andava há muito tempo às voltas com aventuras adolescentes.
Gostei dessa parte.
O mérito não é propriamente a linguagem. Assim: tem caras que a gente lê não pela história, mas pelo jeito como escreve. O Saramago, por exemplo. García Márquez.
Claro que os enredos deles também podem ser incríveis, mas, mesmo que a gente não fique tão satisfeita no final, continua gostando de ter lido, por causa do estilo.
Aqui, é a história mesmo que conquista. Mas é claro que, se o cara não tem talento, não consegue contar bem uma história, por mais intrigante que ela seja. Então ele tem essa capacidade de envolver a gente como se estivéssemos acompanhando os personagens, sabe como é? É um dos meus tipos preferidos de leitura.
Adorei.
Fazia tempo que não achava um livro assim, com uma história empolgante que eu não me arrependia de ler, por ficar o tempo todo lamentando a limitação literária do autor.
Pena é que Stieg Larsson tenha morrido.
Esquisito isso, né?
Bem curioso e até significativo.

Enfim, eu recomendo. Pra quem procura diversão e gosta de livros que são longos e, pelo menos em tese, feitos pra saborear por longo tempo, vale a pena demais.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Work hard




Como as meninas do Superziper, eu também quero um desses, pra pôr bem em frente à minha cama e olhar todo dia, quando acordar.
E toda vez que passar por ali.
Quem sabe tatuar na mão e ler o tempo todo, pra não esquecer.
Preciso muito desse recado.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Vilarejo

No começo eu gostava bastante da Marisa Monte, mas já faz algum tempo que me desencantei dela e não compro mais seus discos, desde aquela música bem brega com o Arnaldo Antunes, acho, uma que falava do amor sei lá o quê.

Essa Vilarejo, no entanto, é daquelas que um compositor faz num momento de raríssima inspiração.
Ela, por si, já é comovente. Mas acompanhada do vídeo, é de chorar mesmo.
Quem teve a ideia de juntar som e imagens estava num outro momento ainda mais inspirado.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Fila longa

Até que essa fila anda, mas beeem devagar.
Ou, pelo menos, mais lentamente do que cresce lá atrás.
Os livros que quero ler não param de chegar: ganhei quatro de aniversário, comprei mais um, peguei outros dois emprestados, uma grande amiga acaba de recomendar mais uma trilogia. E ainda tem os saramagos que ainda não li, desde o ano passado. Tudo isso é só a diversão. O pior é que tenho que ler mais outros tantos pra escrever a monografia, e é aí que o bicho pega. Quem disse que quero abandonar os divertidos pra atacar de vez os obrigatórios? Tenho que ter muita força de vontade, sério.

Olha aí a lista:
Cabeza de Vaca;
O africano;
Refrão da fome;
De Cuba com carinho;
Peter Pan;
Mau começo;
A viagem do elefante;
O ano da morte de Ricardo Reis;
As pequenas memórias; todos que já estão aqui em casa.

Dos que 'tou doida pra comprar, tem
a trilogia Millenium;
Tudo se ilumina.

Mas os obrigatórios, pra trabalhar na monografia, são:
Vendo vozes;
A criança surda;
A surdez;
Língua de sinais, a imagem do pensamento;
Por uma gramática de línguas de sinais;
Língua de sinais brasileira;
O tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa;
Libras e Língua Portuguesa (semelhanças e diferenças), 2 volumes.

Pareceria menos ruim se eu fosse uns 15 ou 10 anos mais jovem e não tivesse três filhas, marido e uma casa que precisam de cuidado e atenção, né? Além de um trabalho, que, pelo menos, só toma meio período do meu dia.

Eu sabia que essa tal de pós-graduação ia dar um pouquinho de trabalho, mas como é que cheguei a essa encruzilhada e nem me dei conta é que espanta.
A doença da procrastinação não tem cura, isso é que é.
Bom pra eu refletir bem se vou mesmo prosseguir com a ideia maluca de prestar mestrado na UnB, humpf!
Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.