quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Trilogia de Nova Iorque

Acabei de ler The New York Trilogy, do Paul Auster.
O gozado é que eu não me lembrava de ter ouvido falar dele, mas, claro, depois de comprar esse livro comecei a vê-lo em vários lugares: numa citação da revista Língua, num presente que minha irmãzinha deu pro Papai de Natal...
É evidente que a gente recebe tanta informação que só processa mesmo aquelas que acionam na mente alguma memória. Mas é curioso pensar nisso, de qualquer modo.
Bom, comprei o livro em outubro, no aniversário de uma amiga do trabalho. Ela já foi professora de inglês, adora Nova Iorque, então achei que era uma boa opção pra ela. Como gostei da capa e das orelhas, acabei comprando um pra mim também. (Eu disse que acho difícil comprar presente na Cultura sem trazer alguma coisa pra mim mesma...)
Comecei a ler no mesmo dia e, de fato, demorei pra caramba pra terminá-lo. Incluam-se aí as obrigações com o curso e o fato de ser em inglês, que lentifica um pouco a minha leitura. Mas gostei dessa novidade de comprar um livro assim, sem nenhuma referência anterior sobre ele ou o autor. No risco, digamos.
Da primeira história eu estava gostando muito, mas no final me decepcionei. Achei inacabado, vamos chamar assim.
A segunda, embora mais sinistra, já termina melhor. E nessa eu já comecei a sacar que o lance não eram bem as histórias de detetive, como diz a orelha do livro, mas as reflexões do autor mesmo.
A terceira história é beeeem interessante e confirma essa impressão. O que intriga é a relação entre as três, que, de início, a gente acha que não existe. É ela, inclusive, que justifica o "não-fim" da primeira história.
Eu pensava que eram narrações independentes, contos de detetive apenas, mas existe uma interligação, se não no plano dos enredos propriamente ditos, embora os personagens se misturem, no das reflexões do autor. Mas essa relação pra mim acabou não ficando muito clara, em parte por causa do meu vocabulário restrito e em parte por eu ter demorado tanto entre uma história e outra. Ainda quero reler, pra compreender melhor. Talvez até leia a tradução.

Enfim, com esse livro, acho que encerro a minha lista de 2009.
A média não foi muito alta, mas foi melhor que a dos anos anteriores, então talvez isso signifique que estabeleci um novo ritmo. Que, espero, seja sempre crescente.
Ano que vem a gente vê.

Fiquei a fim de ler o Achei que meu pai fosse Deus, que, acabei de descobrir, foi organizado pelo Paul Auster. Foi esse que minha irmã deu de presente pro meu pai, mas parece que o presente não fez assim o sucesso que ela esperava. Chato isso, né? Talvez a gente deva aprender a presentear sem esperar que o outro aprecie nossa intenção tanto quanto nós mesmos apreciamos.
Enfim, depois conto sobre mais essa coletânea de histórias. Parece muito interessante.

Tricô e livros

Acabei de receber isto aqui:



Tinha comprado da Cultura on line, e, como são importados, demoraram um tempão pra chegar. 'Tou tão feliz!
É que eles têm uma história, e ela é assim: há pouco menos de 2 anos (eu ainda 'tava grávida da Raquel), ganhei da minha amiga Dani esses dois volumes da coleção Vogue Knitting On the Go, um conjunto de livrinhos que cabem na bolsa e têm receitas maneiras:



Na época, folheei os livros, achei lindos, mas acabei não os usando, porque estava de mal do tricô. Já tinha tentado fazer várias coisas e não saía do cachecol mais ou menos.
Meu principal problema era quando eu errava; não conseguia identificar o erro, só ia ver várias carreiras depois e o trabalho ficava todo torto. Pra piorar, eu não conseguia consertar, porque não tinha entendido a lógica do tricô.
Embora tivesse amado os livros, pouco tempo depois fiquei com uma certa dor na consciência por achar que nunca ia poder usá-los e que a Dani teria feito melhor se os tivesse dado pra outra amiga menos atrapalhada com tricô.
Com o tempo, porém, eu comecei a lembrar de como eu era péssima no crochê, também, apenas alguns anos atrás. Era do mesmo jeito: os negócios ficavam tortos e eu nem sabia por que isso tinha acontecido. Não prestava atenção no que fazia, não entendia direito o desenho dos meus trabalhos. Mas em pouco tempo (uns 2 ou 3 anos?) eu já estava fazendo coisas bem bacanas e até inventando outras (vide as árvores de Natal). Já conseguia até olhar um trabalho e copiar, sem receita ou gráfico.
Então pensei que, se consegui isso com o crochê, também poderia conseguir com o tricô. Era só uma questão de insistir, fazer muito até meu cérebro processar a lógica do tricô e eu ser capaz de reconhecer onde e como tinha errado, além de consertar, claro. Pra mim a gente domina o básico de uma técnica quando percebe que errou e sabe arrumar.
Pois bem, fucei um monte de blogs de tricô, achei tutoriais fantásticos em vídeo (santo YouTube!) e aprendi o básico.
Até ensinei prumas amigas do trabalho, nas nossas horas de folga, e algumas também se amarraram no passatempo mais que útil.
Enfim, eu podia retomar meus livrinhos queridos. Ainda tinha o problema de eu não dominar bem o inglês, especialmente o vocabulário de tricô. Mas, de novo, o Pai do Burros moderno me deu a solução. Com uma pesquisinha rápida achei vários glossários de termos de tricô e crochê, de inglês pra português.
Pois bem: um mundo novo se abriu pra mim com a simples decisão de enfrentar o tricô. Aliás, mais de um: o do tricô em si e o do inglês, com toda infinidade de receitas, revistas, blogs espalhados pelo mundo afora. Bendita Internet!
De posse de todos os requisitos pra decifrar meus livrinhos, descobri que são perfeitos: as receitas mais bem explicadas que já vi, com todos os detalhes, tamanhos, amostras, tudo o que uma tricoteira precisa pra fazer um trabalho muito bem feito.
É por isso que, embora eu já tenha visto outras publicações interessantes, fiquei fã incondicional dos livros e revistas da Vogue.
Pra experts e iniciantes, é sucesso garantido.
Valeu, Dani, mais uma vez agradeço. Agora você sabe o quanto amei os presentes!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Decoração de Natal

Na última hora, deixo registrada a decoração de Natal deste ano, ou parte dela.
Minha árvore de crochê continua firme e forte, e cada vez fica mais fácil montá-la. Quando terminei, assim como nos anos anteriores, fiquei namorando ela um tempão, achando linda e tudo mais. Mais ou menos como mãe com proezas de filhos.
No primeiro dia pus as bolinhas de forma simétrica, as maiores embaixo, as média no meio, as pequenas em cima, mais ou menos a mesma quantidade de cada um dos três lados. Mas com os dias as meninas foram mexendo, tirando de lugar, recolocando em outros. Eu deixei. Acho que 'tou me curando da doença por simetria e das neuras de deixar tudo oraganizadinho.
Se a decoração de Natal não for pras crianças curtirem, pra que será, então?



Outra ideia legal que tive este ano foi um lugar alto pra deixar os presentes. Coisa de quem tem uma semineném em casa grande o suficiente pra mexer em tudo mas ainda pequena pra entender que não pode de jeito nenhum, mesmo quando a gente não tá por perto pra censurar.
Usei os pedaços de feltro que sobraram dos bonequinhos do aniversário da Raquel e minhas linhas de crochê mesmo, e fiz (a Júlia, na verdade) umas redezinhas penduradas entre duas janelas.
Enfim, ficou original e artesanal, como a árvore. Combinou, e eu gostei muito da solução.

Recuperação de boneca cianótica

Então, há uns dois natais a Cecília ganhou uma Ariel (Pequena Sereia) tipo barbie, que era linda mesmo. Mas pouco tempo depois a boneca apareceu com a cara toda azul e várias manchas azuis nas pernas. Assim, ó:













Fazia tempo que não víamos a pobrezinha cianótica por aqui e acabou que ela 'tava perdida na casa de uma prima. Reaparecida, resolvi tentar salvar a coitada. Ela é bonita mesmo, apesar de ser barbie, uma boneca de que eu não gosto muito.
Comprei duas tintas acrílicas, uma rosa e outra meio cor de pele, pra misturar e tentar uma cor mais parecida com a da boneca. As pernas foram mais fáceis de pintar. Já a cara foi mais ou menos chato, por causa dos desenhos de olhos, boca e sobrancelhas. Na verdade, a causa é minha pouca habilidade com pinceis, mas vá lá.













O resultado final, confesso, não ficou assim pra olho de santo, mas, em vista da antiga situação, até que deu pra quebrar o galho.
O que eu gostei mesmo foi da ideia e da possibilidade de recuperar bonecas que antes eu achava perdidas pra sempre.
Há uns anos, um amigo meu da SEAE (minha casa espírita) conseguiu que os amigos doassem brinquedos pra ele distribuir numa creche, mas precisou de ajuda pra recuperar alguns. Os bonecos estavam pelados, com os cabelos bem desgrenhados, coisas que as meninas, mesmo que não sejam assim uns Sids do Toy Story, fazem com eles, pobrezinhos.
Eu fiz umas roupinhas pros bonecos, cortei e trancei alguns cabelos, mas as manchas de canetinha não consegui tirar de jeito nenhum. Tentei todo tipo de produto de limpeza que imaginei, sem qualquer efeito.
Naquela ocasião não tinha pensado em pintá-los, mas hoje isso me parece muito óbvio!
Enfim, vou avisar o Márcio que agora não só dá pra vestir como curar os bonequinhos doentes de canetinha.
Adorei!

sábado, 19 de dezembro de 2009

É pouco, mas me fez bem

Acabou de bater um casal aqui procurando por mim ou pela Júlia, nominalmente.
Era pra entregar um DVD do Alírio Neto, deputado distrital. Disseram que é da peça que ele tá fazendo.
Primeiro peguei, porque quando não tou nervosa tenho uma certa tendência a ser educada.
Mas depois pensei bem e chamei os caras de volta: devolvi.
Disse: "Amigo do Arruda não entra aqui na minha casa, obrigada."
É pouco, eu sei. E nem é muito verdade. Claro que se algum amigo meu, amigo de verdade, disser que apoia o Arruda, eu vou ficar triste, vou evitar falar de política e bandalheira, ou vou ter que entrar com ele numa discussão desconfortável, mas não vou mandar ele sair da minha casa.
Claro.
Mas no caso de deputado e, mais ainda, de lixo vindo de deputado, porque o DVD ia acabar no lixo sem ninguém olhar, eu posso devolver, né?
Ele não vai nem saber (e talvez pra minha vida profissional nem seja bom que saiba. Será?)
Mas eu me senti bem. Falei o que penso, pelo menos pros cabos eleitorais.
É pouco, mas gostei.

House, TBBT e (des)apegos

Que chatinho esse negócio de não ter House toda semana. Que é que tá acontecendo?
Se eu tivesse paciência de acompanhar os blogs de fãs, saberia o que houve, mas um dia desses fui ler e eles contavam o que viria na série. Aí desisti.
Não quero saber da trama, só quero descobrir por que eles estão tirando a nossa diversão, oras!
Então espero, fazer o quê?
Pra compensar, começamos a ver The Big Bang Theory.
Tudo bem que aqui em casa eu sou a mais atrasada, porque andei trabalhando até de madrugada e todo mundo passou à minha frente (ninguém quis me esperar!)
Tou no segundo episódio da segunda temporada. Mas uma hora dessas, quando diminuir a pressão das compras e execuções de Natal, mais os compromissos próprios do fim de ano (encerramentos, formaturas, confraternizações), eu sento pra ver mais um pouquinho.
Sério, gostei tanto que acho que é dessas séries que vale a pena ter em casa, oficialmente (e não só a versão baixada da Internet).
Sei que tou ficando antiquada com esse negócio de querer os DVDs e até alguns CDs, mas, convenhamos, fiquei adulta no século passado, né? Faz parte da minha natureza!
Eu acho mesmo que algumas coisas vale a pena ter. É meio como um colecionador, né? Ele não vai querer uma cópia xerox do selo, por exemplo, vai?
Então. Isso também com os livros. Tou exercitando meu desprendimento também com eles, e já me desfiz de muitos (pro Trocando Livros ou pra bibliotecas. E agora tem o Doe um livro também).
Mas alguns eu quero guardar, mesmo que entenda que a atitude não é das mais ecologicamente corretas. Demora pra gente se livrar de alguns apegos... Talvez, também isso, um dia...

Enjoei do verde

Enjoei do verde. Só aqui no blog, claro, que o verde ainda é a minha cor preferida.
Mas tava cansada daquele visual. Por enquanto quero uma coisa mais limpa, básica. Nude, como tá na moda.
Enquanto não consigo deixar meu blog lindíssimo, cheio de imagens e linquezinhos, pelo menos ele fica mais leve.
Já tive vontade de mudar pro WordPress e até já tenho conta lá, mas, pra falar a verdade, fiquei com preguiça de reaprender. Eu sou assim. Até gosto de mudar, mas não gosto do esforço que isso demanda.
Um dia...

Sites maravilhosos e minha frustração

Quando eu vejo sites de artesanato maravilhosos como o da Salihan ou o SuperZiper, me dá uma tristeza...
Não só eu não faço tantas coisas tão lindas, como meu blog é esse pobrezinho abandonado. Se já nem consigo escrever nele direito, imagine enfeitá-lo pra ficar assim tão bonito e cheio de "supresinhas".
Esse fica como mais um sonho, um dos muuuuitos desejos que pretendo realizar um dia, dos quais falei na postagem anterior.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Tantos desejos

Eu sei que essa angústia não é só minha, mas isso não a diminui: são muitas coisas que eu quero fazer e não consigo.
Vão desde organizar melhor a minha casa até começar a ler o material pra minha monografia, passando, claro, por todos os maravilhosos trabalhos de crochê e tricô que vejo pela net, livros e revistas e fico doida pra fazer, além da vontade de aprender mesmo a costurar com a minha máquina e tudo o que vou poder fazer depois disso.
Sem falar nos livros que quero ler por prazer, e na natação e na dança de salão que não só quero como preciso começar. E nas coisas que gostaria de inventar pra usar o feltro que sobrou da decoração do primeiro aniversário da Raquel. E em todas as várias coisas que quero escrever neste blog. E nas fotos e vídeos que quero postar.
E nas amigas pra quem quero ligar e escrever e com quem quero encontrar.
E nas comidas que quero fazer, como o risoto de alho que a Tati fez, a fava pra Nessa e o cheesecake de goiabada pro Igor.
E nos presentes de Natal que ainda falta comprar.
E nos projetos que quero incluir no Ravelry.
E nos posts todos que quero ler do SuperZiper e do Drops da Fal e da Casa da Daniela e do Sedentário&Hiperativo e do Generación Y e do Atalanta e do Mon Tricot...

Isso porque meu horário de trabalho me ajuda bastante, então eu já faço muita coisa desse tipo. Tá certo que também cuido de um monte de coisas da casa, como as compras semanais de verdura e carne, as contas pra pagar, as compras de fraldas e leite de soja em pó pra mamadeira, e muitas outras coisas das minhas três meninas, como providências pra formatura e afins.
Será que me falta organização ou me sobram vontades?
Ai que aflição...
E ainda sonho em começar um mestrado em 2011, até parece!
Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.