terça-feira, 13 de novembro de 2007

Desafiada

Recebi um desafio da minha amiga Dani e vou logo responder. Depois vou aproveitar pra falar o que já queria, porque, coincidência ou não, acabou relacionado com minha resposta.

Deixa eu falar pra explicar logo.

Ela me mandou um meme, que, por fora que sou dessas modas internáuticas, apesar de me atrever a ter um blog, nem sei direito o que é, nunca tinha ouvido falar. Mas faço o que ela me pediu.

É o meme, segundo a Dani famoso, da Página 161.

As regras:
1ª) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não vale procurar);

2ª) abrir na página 161;

3ª) procurar a 5ª frase completa;

4ª) postar essa frase em seu blog;

5ª) não escolher a melhor frase nem o melhor livro;

6ª) repassar para outros 5 blogs.


A frase: “Apareceram, no entanto, dois homens de capa no largo em frente ao número doze, e ali permaneceram noite adentro, olhando em direção à casa que não podiam ver.”


O livro: Harry Potter e as Relíquias da Morte.


O gozado é que eu não escolhi mesmo, segui as regras: o livro chegou hoje, 'tava na estante bem do lado da mesa do computador, e eu já tinha sentado aqui justamente pensando em escrever sobre ele, porque, na verdade, é curioso que eu tenha criado um blog pra falar principalmente sobre livros e nunca tenha dito nem uma silabazinha sobre Harry Potter. Mas vou deixar esse assunto pra um post exclusivo, que ele é longo e merecedor.

Repasso a brincadeira para o Marcus e a Ana Paula. Fico devendo outros três blogs, porque todos os que leio já receberam! Preciso usar mais essa rede!

Tem também um segundo meme que a Dani me mandou, mas este vou responder depois.
É absurdo que tenha iniciado este post há três semanas, guardado nos rascunhos e nunca mais tenha sequer mexido com computador em casa.
Sumi geral, mas foi por uma boa causa: eu estava fazendo minha árvore de Natal, toda em crochê. Sei que este blog, de início, não teria nada a ver com artesanato, mas vou postar uma foto quando ela estiver montada. Custou-me três semanas inteiras de trabalho, ficou lindona e vai valer a pena mostrar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O filme da vez

Finalmente vi "Tropa de Elite" no cinema. 'Tava em dúvida se veria, por causa do neném. Minha dizia que mulher grávida só deve ver coisas agradáveis, calmas e bonitas, o que, eu sabia, não era mesmo o caso!
Mas adorei o filme! Claro que sai de lá tensa, até com o estômago doendo. Mas não me arrependi, primeiro porque é cinema de muita qualidade, o que não dispenso, e segundo porque faz pensar muito, e isso é um dos papéis fundamentais da arte, não é?
De tudo o que já se disse desse filme, achei que um de seus maiores méritos foi botar o dedo na ferida da classe média. Será que o modo como aborda não só seu papel de consumidor e financiador do tráfico, mas sua postura diante dele, como se só fumar seu baseadinho não tivesse qualquer relação com a violentíssima guerra em que as cidades vivem, vai fazer a galerinha pensar na responsabilidade que tem? Ou será que, mais uma vez, o que era pra ser um soco no estômago vai ser só motivo de diversão, um filme brasileiro de ação, que não faz refletir mais a fundo?
Ultimamente tem me desiludido muito a reação das pessoas àquilo que às vezes me chocou profundamente. Vejo ou leio algo que me parece vai mudar o rumo do pensamento comum, mas converso com os outros e não noto qualquer sinal de que se sentiram intimamente tocados: o recado não foi pra eles. Aliás, muitos nem identificam recado algum, só mesmo entretenimento.
Eu, por minha vez, parece que a cada dia procuro mais identificar como é que aquela carapuça me serve.
Neste caso do "Tropa de Elite", por mais que eu não seja fã de nada que altere a consciência, achei, sim, minha parcela de mudança necessária. Não vou mais ouvir falar de um garoto que começou a fumar um baseadinho e dizer que isso é comum, não significa necessariamente um risco de virar um "drogado", como se costuma dizer. Hoje, compreendo o que meu marido dizia: que todo mundo que fuma lá seu cigarrinho de maconha contribui, sim, e está em contato, sim, ainda que indireto, com o tráfico e o crime pesado. Não tem fuga, e isso é o que o filme expõe de melhor, acho.
Mas também é muito bom o fato de mostrar os caras do BOPE como heróis, apesar de nada santos, óbvio, como o próprio personagem deixa claro o tempo todo. Tem uma piada rolando por e-mail que junta MacGyver, Jack Bauer e Capitão Nascimento pra ver quem realiza em menor tempo uma tarefinha xis. O melhor dela é mostrar que os brasileiros encontraram seu próprio herói, ainda mais fera que os heróis da TV americana. Outro grande mérito do "Tropa de Elite"!
Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.