quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Trilogia de Nova Iorque

Acabei de ler The New York Trilogy, do Paul Auster.
O gozado é que eu não me lembrava de ter ouvido falar dele, mas, claro, depois de comprar esse livro comecei a vê-lo em vários lugares: numa citação da revista Língua, num presente que minha irmãzinha deu pro Papai de Natal...
É evidente que a gente recebe tanta informação que só processa mesmo aquelas que acionam na mente alguma memória. Mas é curioso pensar nisso, de qualquer modo.
Bom, comprei o livro em outubro, no aniversário de uma amiga do trabalho. Ela já foi professora de inglês, adora Nova Iorque, então achei que era uma boa opção pra ela. Como gostei da capa e das orelhas, acabei comprando um pra mim também. (Eu disse que acho difícil comprar presente na Cultura sem trazer alguma coisa pra mim mesma...)
Comecei a ler no mesmo dia e, de fato, demorei pra caramba pra terminá-lo. Incluam-se aí as obrigações com o curso e o fato de ser em inglês, que lentifica um pouco a minha leitura. Mas gostei dessa novidade de comprar um livro assim, sem nenhuma referência anterior sobre ele ou o autor. No risco, digamos.
Da primeira história eu estava gostando muito, mas no final me decepcionei. Achei inacabado, vamos chamar assim.
A segunda, embora mais sinistra, já termina melhor. E nessa eu já comecei a sacar que o lance não eram bem as histórias de detetive, como diz a orelha do livro, mas as reflexões do autor mesmo.
A terceira história é beeeem interessante e confirma essa impressão. O que intriga é a relação entre as três, que, de início, a gente acha que não existe. É ela, inclusive, que justifica o "não-fim" da primeira história.
Eu pensava que eram narrações independentes, contos de detetive apenas, mas existe uma interligação, se não no plano dos enredos propriamente ditos, embora os personagens se misturem, no das reflexões do autor. Mas essa relação pra mim acabou não ficando muito clara, em parte por causa do meu vocabulário restrito e em parte por eu ter demorado tanto entre uma história e outra. Ainda quero reler, pra compreender melhor. Talvez até leia a tradução.

Enfim, com esse livro, acho que encerro a minha lista de 2009.
A média não foi muito alta, mas foi melhor que a dos anos anteriores, então talvez isso signifique que estabeleci um novo ritmo. Que, espero, seja sempre crescente.
Ano que vem a gente vê.

Fiquei a fim de ler o Achei que meu pai fosse Deus, que, acabei de descobrir, foi organizado pelo Paul Auster. Foi esse que minha irmã deu de presente pro meu pai, mas parece que o presente não fez assim o sucesso que ela esperava. Chato isso, né? Talvez a gente deva aprender a presentear sem esperar que o outro aprecie nossa intenção tanto quanto nós mesmos apreciamos.
Enfim, depois conto sobre mais essa coletânea de histórias. Parece muito interessante.

Tricô e livros

Acabei de receber isto aqui:



Tinha comprado da Cultura on line, e, como são importados, demoraram um tempão pra chegar. 'Tou tão feliz!
É que eles têm uma história, e ela é assim: há pouco menos de 2 anos (eu ainda 'tava grávida da Raquel), ganhei da minha amiga Dani esses dois volumes da coleção Vogue Knitting On the Go, um conjunto de livrinhos que cabem na bolsa e têm receitas maneiras:



Na época, folheei os livros, achei lindos, mas acabei não os usando, porque estava de mal do tricô. Já tinha tentado fazer várias coisas e não saía do cachecol mais ou menos.
Meu principal problema era quando eu errava; não conseguia identificar o erro, só ia ver várias carreiras depois e o trabalho ficava todo torto. Pra piorar, eu não conseguia consertar, porque não tinha entendido a lógica do tricô.
Embora tivesse amado os livros, pouco tempo depois fiquei com uma certa dor na consciência por achar que nunca ia poder usá-los e que a Dani teria feito melhor se os tivesse dado pra outra amiga menos atrapalhada com tricô.
Com o tempo, porém, eu comecei a lembrar de como eu era péssima no crochê, também, apenas alguns anos atrás. Era do mesmo jeito: os negócios ficavam tortos e eu nem sabia por que isso tinha acontecido. Não prestava atenção no que fazia, não entendia direito o desenho dos meus trabalhos. Mas em pouco tempo (uns 2 ou 3 anos?) eu já estava fazendo coisas bem bacanas e até inventando outras (vide as árvores de Natal). Já conseguia até olhar um trabalho e copiar, sem receita ou gráfico.
Então pensei que, se consegui isso com o crochê, também poderia conseguir com o tricô. Era só uma questão de insistir, fazer muito até meu cérebro processar a lógica do tricô e eu ser capaz de reconhecer onde e como tinha errado, além de consertar, claro. Pra mim a gente domina o básico de uma técnica quando percebe que errou e sabe arrumar.
Pois bem, fucei um monte de blogs de tricô, achei tutoriais fantásticos em vídeo (santo YouTube!) e aprendi o básico.
Até ensinei prumas amigas do trabalho, nas nossas horas de folga, e algumas também se amarraram no passatempo mais que útil.
Enfim, eu podia retomar meus livrinhos queridos. Ainda tinha o problema de eu não dominar bem o inglês, especialmente o vocabulário de tricô. Mas, de novo, o Pai do Burros moderno me deu a solução. Com uma pesquisinha rápida achei vários glossários de termos de tricô e crochê, de inglês pra português.
Pois bem: um mundo novo se abriu pra mim com a simples decisão de enfrentar o tricô. Aliás, mais de um: o do tricô em si e o do inglês, com toda infinidade de receitas, revistas, blogs espalhados pelo mundo afora. Bendita Internet!
De posse de todos os requisitos pra decifrar meus livrinhos, descobri que são perfeitos: as receitas mais bem explicadas que já vi, com todos os detalhes, tamanhos, amostras, tudo o que uma tricoteira precisa pra fazer um trabalho muito bem feito.
É por isso que, embora eu já tenha visto outras publicações interessantes, fiquei fã incondicional dos livros e revistas da Vogue.
Pra experts e iniciantes, é sucesso garantido.
Valeu, Dani, mais uma vez agradeço. Agora você sabe o quanto amei os presentes!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Decoração de Natal

Na última hora, deixo registrada a decoração de Natal deste ano, ou parte dela.
Minha árvore de crochê continua firme e forte, e cada vez fica mais fácil montá-la. Quando terminei, assim como nos anos anteriores, fiquei namorando ela um tempão, achando linda e tudo mais. Mais ou menos como mãe com proezas de filhos.
No primeiro dia pus as bolinhas de forma simétrica, as maiores embaixo, as média no meio, as pequenas em cima, mais ou menos a mesma quantidade de cada um dos três lados. Mas com os dias as meninas foram mexendo, tirando de lugar, recolocando em outros. Eu deixei. Acho que 'tou me curando da doença por simetria e das neuras de deixar tudo oraganizadinho.
Se a decoração de Natal não for pras crianças curtirem, pra que será, então?



Outra ideia legal que tive este ano foi um lugar alto pra deixar os presentes. Coisa de quem tem uma semineném em casa grande o suficiente pra mexer em tudo mas ainda pequena pra entender que não pode de jeito nenhum, mesmo quando a gente não tá por perto pra censurar.
Usei os pedaços de feltro que sobraram dos bonequinhos do aniversário da Raquel e minhas linhas de crochê mesmo, e fiz (a Júlia, na verdade) umas redezinhas penduradas entre duas janelas.
Enfim, ficou original e artesanal, como a árvore. Combinou, e eu gostei muito da solução.

Recuperação de boneca cianótica

Então, há uns dois natais a Cecília ganhou uma Ariel (Pequena Sereia) tipo barbie, que era linda mesmo. Mas pouco tempo depois a boneca apareceu com a cara toda azul e várias manchas azuis nas pernas. Assim, ó:













Fazia tempo que não víamos a pobrezinha cianótica por aqui e acabou que ela 'tava perdida na casa de uma prima. Reaparecida, resolvi tentar salvar a coitada. Ela é bonita mesmo, apesar de ser barbie, uma boneca de que eu não gosto muito.
Comprei duas tintas acrílicas, uma rosa e outra meio cor de pele, pra misturar e tentar uma cor mais parecida com a da boneca. As pernas foram mais fáceis de pintar. Já a cara foi mais ou menos chato, por causa dos desenhos de olhos, boca e sobrancelhas. Na verdade, a causa é minha pouca habilidade com pinceis, mas vá lá.













O resultado final, confesso, não ficou assim pra olho de santo, mas, em vista da antiga situação, até que deu pra quebrar o galho.
O que eu gostei mesmo foi da ideia e da possibilidade de recuperar bonecas que antes eu achava perdidas pra sempre.
Há uns anos, um amigo meu da SEAE (minha casa espírita) conseguiu que os amigos doassem brinquedos pra ele distribuir numa creche, mas precisou de ajuda pra recuperar alguns. Os bonecos estavam pelados, com os cabelos bem desgrenhados, coisas que as meninas, mesmo que não sejam assim uns Sids do Toy Story, fazem com eles, pobrezinhos.
Eu fiz umas roupinhas pros bonecos, cortei e trancei alguns cabelos, mas as manchas de canetinha não consegui tirar de jeito nenhum. Tentei todo tipo de produto de limpeza que imaginei, sem qualquer efeito.
Naquela ocasião não tinha pensado em pintá-los, mas hoje isso me parece muito óbvio!
Enfim, vou avisar o Márcio que agora não só dá pra vestir como curar os bonequinhos doentes de canetinha.
Adorei!

sábado, 19 de dezembro de 2009

É pouco, mas me fez bem

Acabou de bater um casal aqui procurando por mim ou pela Júlia, nominalmente.
Era pra entregar um DVD do Alírio Neto, deputado distrital. Disseram que é da peça que ele tá fazendo.
Primeiro peguei, porque quando não tou nervosa tenho uma certa tendência a ser educada.
Mas depois pensei bem e chamei os caras de volta: devolvi.
Disse: "Amigo do Arruda não entra aqui na minha casa, obrigada."
É pouco, eu sei. E nem é muito verdade. Claro que se algum amigo meu, amigo de verdade, disser que apoia o Arruda, eu vou ficar triste, vou evitar falar de política e bandalheira, ou vou ter que entrar com ele numa discussão desconfortável, mas não vou mandar ele sair da minha casa.
Claro.
Mas no caso de deputado e, mais ainda, de lixo vindo de deputado, porque o DVD ia acabar no lixo sem ninguém olhar, eu posso devolver, né?
Ele não vai nem saber (e talvez pra minha vida profissional nem seja bom que saiba. Será?)
Mas eu me senti bem. Falei o que penso, pelo menos pros cabos eleitorais.
É pouco, mas gostei.

House, TBBT e (des)apegos

Que chatinho esse negócio de não ter House toda semana. Que é que tá acontecendo?
Se eu tivesse paciência de acompanhar os blogs de fãs, saberia o que houve, mas um dia desses fui ler e eles contavam o que viria na série. Aí desisti.
Não quero saber da trama, só quero descobrir por que eles estão tirando a nossa diversão, oras!
Então espero, fazer o quê?
Pra compensar, começamos a ver The Big Bang Theory.
Tudo bem que aqui em casa eu sou a mais atrasada, porque andei trabalhando até de madrugada e todo mundo passou à minha frente (ninguém quis me esperar!)
Tou no segundo episódio da segunda temporada. Mas uma hora dessas, quando diminuir a pressão das compras e execuções de Natal, mais os compromissos próprios do fim de ano (encerramentos, formaturas, confraternizações), eu sento pra ver mais um pouquinho.
Sério, gostei tanto que acho que é dessas séries que vale a pena ter em casa, oficialmente (e não só a versão baixada da Internet).
Sei que tou ficando antiquada com esse negócio de querer os DVDs e até alguns CDs, mas, convenhamos, fiquei adulta no século passado, né? Faz parte da minha natureza!
Eu acho mesmo que algumas coisas vale a pena ter. É meio como um colecionador, né? Ele não vai querer uma cópia xerox do selo, por exemplo, vai?
Então. Isso também com os livros. Tou exercitando meu desprendimento também com eles, e já me desfiz de muitos (pro Trocando Livros ou pra bibliotecas. E agora tem o Doe um livro também).
Mas alguns eu quero guardar, mesmo que entenda que a atitude não é das mais ecologicamente corretas. Demora pra gente se livrar de alguns apegos... Talvez, também isso, um dia...

Enjoei do verde

Enjoei do verde. Só aqui no blog, claro, que o verde ainda é a minha cor preferida.
Mas tava cansada daquele visual. Por enquanto quero uma coisa mais limpa, básica. Nude, como tá na moda.
Enquanto não consigo deixar meu blog lindíssimo, cheio de imagens e linquezinhos, pelo menos ele fica mais leve.
Já tive vontade de mudar pro WordPress e até já tenho conta lá, mas, pra falar a verdade, fiquei com preguiça de reaprender. Eu sou assim. Até gosto de mudar, mas não gosto do esforço que isso demanda.
Um dia...

Sites maravilhosos e minha frustração

Quando eu vejo sites de artesanato maravilhosos como o da Salihan ou o SuperZiper, me dá uma tristeza...
Não só eu não faço tantas coisas tão lindas, como meu blog é esse pobrezinho abandonado. Se já nem consigo escrever nele direito, imagine enfeitá-lo pra ficar assim tão bonito e cheio de "supresinhas".
Esse fica como mais um sonho, um dos muuuuitos desejos que pretendo realizar um dia, dos quais falei na postagem anterior.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Tantos desejos

Eu sei que essa angústia não é só minha, mas isso não a diminui: são muitas coisas que eu quero fazer e não consigo.
Vão desde organizar melhor a minha casa até começar a ler o material pra minha monografia, passando, claro, por todos os maravilhosos trabalhos de crochê e tricô que vejo pela net, livros e revistas e fico doida pra fazer, além da vontade de aprender mesmo a costurar com a minha máquina e tudo o que vou poder fazer depois disso.
Sem falar nos livros que quero ler por prazer, e na natação e na dança de salão que não só quero como preciso começar. E nas coisas que gostaria de inventar pra usar o feltro que sobrou da decoração do primeiro aniversário da Raquel. E em todas as várias coisas que quero escrever neste blog. E nas fotos e vídeos que quero postar.
E nas amigas pra quem quero ligar e escrever e com quem quero encontrar.
E nas comidas que quero fazer, como o risoto de alho que a Tati fez, a fava pra Nessa e o cheesecake de goiabada pro Igor.
E nos presentes de Natal que ainda falta comprar.
E nos projetos que quero incluir no Ravelry.
E nos posts todos que quero ler do SuperZiper e do Drops da Fal e da Casa da Daniela e do Sedentário&Hiperativo e do Generación Y e do Atalanta e do Mon Tricot...

Isso porque meu horário de trabalho me ajuda bastante, então eu já faço muita coisa desse tipo. Tá certo que também cuido de um monte de coisas da casa, como as compras semanais de verdura e carne, as contas pra pagar, as compras de fraldas e leite de soja em pó pra mamadeira, e muitas outras coisas das minhas três meninas, como providências pra formatura e afins.
Será que me falta organização ou me sobram vontades?
Ai que aflição...
E ainda sonho em começar um mestrado em 2011, até parece!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Livraria Cultura

Sempre que preciso comprar um presente, vou direto à Livraria Cultura.
Eu adoro presentear com livros e pra quase todo mundo é possível achar um que combine, mesmo que a pessoa não seja uma leitora tão voraz. E até pra quem tem mesmo rejeição a ler, sempre dá pra encontrar um cd ou dvd bacana. Na pior das hipóteses, um briquedo ou jogo dos que eles vendem por lá.
Se a gente não sabe muito bem o que a pessoa já tem, pede a etiqueta de troca e não corre o risco de dar um fora tão grande. Além de tudo, o atendimento é sempre muito bom, todo mundo atencioso e educadíssimo.
Aqui em Brasília, então, é perfeito: a Cultura fica num shopping de móveis, então não tem aquela muvuca própria dos shoppings comuns, que eu detesto. Além disso, de segunda a sexta o estacionamento tem carência de 2 horas. Dá tempo mais que suficiente de procurar um presente bem legal sem a complicação de procurar vaga.

A única coisa difícil é vencer a vontade de comprar alguma coisa pra gente também, né?
Eu adoro ter uma razão pra ir lá. Aliás, por mim, eu morava lá, hehe. Claro, morar não morava, mas se puder ir pelo menos uma vez por semana, vou beeem feliz!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

No olho?

A coisa mais impressionante me aconteceu nesta semana.

Já há algum tempo, acho mesmo que antes de eu viajar, andava com um incômodo no olho direito. Lacrimejando, remelando e parecia sempre que tinha um cisco lá dentro. Pingava o lubrificante ocular, mas não passava.

Na semana passada piorou, e aceitei o fato de que teria de ver a minha médica pra saber o que era, porque, com certeza, tinha alguma coisa ali no meu olho.

Pois bem, horário livre na minha médica, só na semana que vem. O incômodo estava grande mesmo e, ainda que eu não goste do lugar, acabei no HOB (Hospital Oftalmológico de Brasília). Lá eles tratam a gente como se fosse produto de mercado, parece um carrefour da vida, e os pacientes são os produtos. Mas como tem emergência oftalmológica, era a opção mais viável.

De fato, em uns 20 minutos eu fui atendida. E passei 2 minutos, no máximo, no consultório.
Expliquei pra médica o que estava sentindo, ela veio me examinar e disse:
- Ah, você já fez cirurgia, né?
- Aham.
- Pois é, é o ponto que tá saindo.
- Quê?!! Ponto, como assim ponto? No meu olho?
- É, quando o corte é muito profundo eles dão ponto. O pior é que não sei se a pinça que tenho aqui dá pra tirar. Péra aí. Olha pra direita.

Pingou um colírio no meu olho, eu já surtando, com medo de ficar tonta e desmair. Imagine virem com uma pinça pra tirar um ponto do meu olho! E seu eu desmaiasse ali na cadeira, que confusão que ia ser!
Pois ela veio com a pinça e arrancou o ponto.
E eu:
- Mas eu já fiz essa cirurgia há mais de dois anos. Foi aqui mesmo neste hospital.
- Refração, né?
- Não, catarata. Nem sabia que tinham dado ponto!
- É, tem dois, mas o outro tá certinho no tecido, esse é que tava saindo. Consegui tirar. É só você levar esses papeis ali na recepção e pedir pro convênio autorizar o procedimento.

Ainda isso: não bastasse ninguém, em nenhum momento, ter me dito que tinham dado ponto no meu olho, não bastasse o bendito começar a sair e me incomodar pra caramba, não bastasse o susto, ainda tive que passar mais uns 20 minutos esperando a mulherzinha da recepção conseguir autorização do convênio por uma coisa que a médica levou 30 segundos pra fazer. E eu já tinha assinado uma guia de consulta. Se o que ela fez no consultório não era consulta, por que a primeira guia, então?

Na boa, eles lá resolveram esse meu problema, porque depois que o efeito do colírio anestésico passou, eu realmente não senti mais aquele troço chato dentro do meu olhozinho.
Mas reafirmo que aquele HOB mais parece um supermercado do que um hospital. Como é que pode operar o olho de alguém e nem dizer que tem ponto ali? Que lugarzinho desprezível, tá doido!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Jogo americano no Ravelry

De volta a Brasília já há uma semana, com o pré-projeto de monografia enviado e corrigido pela professora, já posso pensar em novos trabalhos de crochê e tricô. Está em andamento uma blusa pra minha cunhada, na fila uma boina pra sobrinha, uma blusa de frio pra minha irmã, mas, como minha mente é bem mais rápida que minhas mãos, já tem várias outras coisas rondando-a, entre elas essa bolsinha de crochê bem linda, do blog da Debora Alves. Como não tem receita, vou gastar um tempinho tentando fazer pela foto.
Pra tentar ser organizada, fui anotar esse novo projeto no Ravelry, e acabei passando boa parte da manhã lá, finalmente registrando as coisas que já fiz. Algumas delas, porque ainda há várias outras pra anotar. Mas isso vai com o tempo.

Enfim, uma das coisas que pus lá foi o jogo americano que fiz lá pra março, pra dar de presente de casamento pra Jaque, minha querida amiga do trabalho.

Eu queria um desenho com cara de café da manhã e achei um gráfico de ponto cruz com bule e xícara fumegante. Tranformei num gráfico mais simples, quadriculado, e fiz de crochê filé. Usei dois fios de Camila Fashion, em dois tons parecidos mas distintos de verde, com agulha 3 ou 3,5 mm, não lembro bem.

Gostei do resultado, e a foto está aí.

Aqui está o gráfico. Ele funciona assim: pra cada quadrado com X dentro, 3 pontos altos. Para cada quadrado vazio, 1 ponto alto, 1 corrente, 1 ponto alto.
Atenção para a primeira carreira: número total de pontos = número de quadrados x 2 + 1.

Estou atrás de um programa que serve pra desenhar gráficos de crochê, mas só achei para Windows. Como agora aqui em casa só tem Mac, tá meio difícil. Tem um jeito de botar pra rodar Windows, alternativamente, só pra usar o tal programinha, mas ainda não consegui o auxílio técnico do meu maridinho pra isso, então fica pruma outra vez.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Uns dias no Rio

Agora estou no Rio.
Calor de quase 40 graus, coisa de outro mundo. Parece artificial. A vontade que dá é de pedir pra desligarem o que quer que esteja deixando a rua tão quente.
Em qualquer lugar que a gente entre, tem ar condicionado. Inclusive nos táxis, que são muitos e baratos. Dependendo do percurso, vale muito a pena. Ontem mesmo, fomos 4 do Leme a Ipanema e pagamos 12 reais. O ônibus custa R$ 2,20, vê só.
Aliás, fomos ao Shenanigan's, um pub irlandês. Não sei se lá na Irlanda tem pubs tão espaçosos, imagino que não. Mas o lugar é muito gostoso. Não comemos nada porque já tínhamos enchido a pança de sanduíche de pernil do Cervantes, um restaurante antigo de Copacabana. O sanduíche é um escândalo de grande.
Mas lá no pub tomamos cerveja até. É desses lugares que têm cerveja de todo canto. São caras, mas vale a pena. Tem botecão por aí que tá cobrando R$ 4,50 o chope. Então compensa ir a outro que oferece variedade, pelo menos, né?
Lugar muito legal. Só a música que tava muito alta e meio destoando do ambiente, mas mesmo assim foi divertido.
Amanhã, passamos o dia em Teresópolis, que eu não conheço.
Domingo, vemos Fluminense no Maracanã, também uma grande novidade pra mim.
Tou animadíssima. Só que arregamos e vamos nas cadeiras, não encaramos a arquibancada. Mesmo assim, acho que vai ser maneiríssimo.
Depois conto mais. E falo também dos outros dias em São Paulo, onde vimos coisas incríveis. Destaque pro Museu da Língua Portuguesa, que todo mundo devia conhecer.

Nas prosas dos próximos capítulos.

sábado, 31 de outubro de 2009

Momentaneamente paulistana

Depois de muito tempo, estou por uns dias em São Paulo. Em janeiro estive aqui, mas não perambulei.
Hoje, fui até a Liberdade e me decepcionei com a feira, que esperava que fosse muito de artesanato japonês e hoje tinha quase nenhum artesanato. Mas aí soube que o forte seria domingo. Em compensação, comemos num restaurante japonês e foi uma delícia. Comi vários sushis e sashimis, além de comidas quentes (uma anchova grelhada espetacular) até não caber mais. A conta saiu bem menor que em Brasília, como era de se esperar. Valeu muito.

Depois, na empolgação, andamos até a Praça da Sé e de lá subimos pela Brigadeiro Luís Antônio até a Paulista, passamos pela minha antiga casa (a casa onde morei mais tempo da minha vida, 8 anos com algumas interrupções), na alameda Santos, e continuamos pela Paulista até o hotel, na Pamplona.
Andamos por umas 2 horas e meia, muito bom.
Aí está o itinerário que fizemos.


Estou curtindo minha relação com São Paulo. Tenho relembrado coisas, mas sem sem melancolia. Só uma sensação boa de reencontro, sem nenhuma vontade de vir pra ficar. Bom mesmo é passear, especialmente no feriado. Mas pra morar, hoje meu lugar é Brasília.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

"Extremamente alto & incrivelmente perto"

Finalmente, acho que vou conseguir falar do livro.
Sabe esses livros (ou filmes ou discos) que ficam rondando a gente - alguém fala, lemos no jornal, outro compra e deixa à mostra -, até que a gente leia?
Esse foi assim.

Eu vi o filme Uma vida iluminada, baseado no primeiro romance de Jonathan Safran Foer (Tudo se ilumina) e logo depois vi uma matéria no jornal sobre o lançamento do segundo livro (Extremamente alto & incrivelmente perto).

Apesar de o próprio Safran Foer dizer que o filme era bem diferente do livro, eu tinha gostado da história e me interessei por ler o autor.

Uns tempos depois, meu irmão comprou e esqueceu de levar pra sua cidade. O livro ficou rondando na casa da minha irmã um tempão, e eu achei a capa bem interessante. Então me lembrei de que já tinha ouvido falar dele e já tinha ficado com vontade de ler.

De vez em quando lembrava de procurar. Tentei no Trocando Livros, por exemplo, mas não tinha (porque, na verdade, é muito novo pra isso).

Até que, em agosto, minha irmãzinha estava aqui em Brasília e disse, daquele jeito enfático bem próprio dela, que eu tinha que ler um livro. Era o tal.
Na livraria, ela mesma procurou e pôs na minha mão. Pediu pra eu ler só o primeiro parágrafo da orelha. E ela tinha razão: foi irresistível.

Comprei e li em uma semana, acho. Amei. É desses em que a gente não consegue parar de pensar quando não 'tá lendo.
O Oskar, personagem principal, é apaixonante.
A história consegue ser leve mesmo que o tema central seja tão dramático.
Aliás, a vida de todos os personagens é bem dramática, mas parece que isso não pesa tanto. É triste, mas tão comovente que a tristeza não atrapalha.

Eu quero ainda reler, mas acabei passando pro Rafael e depois pra Nessa, e a Júlia ainda tá na fila, então vou deixar pra reler depois.

Apesar de a Madi ter dito que não curtiu tanto o Tudo se ilumina (ou foi algum amigo dela), eu 'tou de olho nele também, porque, mesmo que a história não seja tão legal, eu gostei do estilo do autor. Já dei uma espiadinha na primeira página, dia desses lá na Livraria Cultura, e fiquei bem a fim.
Mas, por ora, 'tou de viagem marcada, com gastos fora do normal, e tenho que me dedicar um pouquinho aos trabalhos pro curso, então vou deixar pra comprar o livro mais adiante.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

House em sexta temporada

Pois é, o House. Começou a sexta temporada, que coisa. Nunca tinha acompanhado uma série assim, em tempo real (adoro essa expressão! O que ela significa, afinal?).

Do primeiro episódio, o grandão, não gostei muito. Nem parecia House. Se eles seguissem naquela linha, tinham que acabar a série. Além do mais, ficou com pinta daqueles delírios que já fizeram o House viver sei lá quantas vezes. Pareceu que só não fizeram isso porque ia ser muito manjado, sabe como é? Mas só ficou faltando a revelação?
Quando ele entra no ônibus, eu fiquei esperando aparecerem a Amber e o Kutner, um de cada lado!

A partir do segundo episódio, porém, aí ficou maneiro de novo. Voltou o tom.
Eu 'tou gostando mais do que quando começou a quinta temporada. Era muito sinistro, meio exagerado pro lado trash, lei lá. Ontem mesmo tava passando o segundo episódio na Universal, um em que morrem várias pessoas que tinham recebido transplante de um mesmo doador. Argh, era muito esquisitão, não gostei nem um pouco. E ainda não aparecia o Wilson, tava horrível.

Na temporada atual tem uns conflitos pesadões, mas mais realistas, que têm mais a ver com a série toda.
E, afinal, parece que vão mesmo fechar com a equipe original. Até que ficou boa a solução que deram pra ela voltar. Eu achei até que a outra durou muito. Sempre ficava com a impressão de que ainda era temporária.

Minha dúvida é se vão sustentar o House ex-drogado. Será que ele aguenta? Por enquanto, continua tão ácido quanto antes, mas tem que ver no que vai dar, né?

Até que é bom esse negócio de acompanhar uma série episódio a episódio. Esse gostinho de quero-mais não é tão ruim assim.

Mas tou procurando mais umas pra viciar também e ocupar os outros dias da semana.
Como se não tivesse mais nada que fazer na vida, heim?

Presente pra mim

Ontem na Livraria Cultura, quando fui comprar o presente de Dia das Crianças das meninas (atrasado mesmo), vi isto aqui e achei que seria uma ótima ideia de presente... pra mim mesma. Quem mais eu conheço que se amarraria em ganhar um desses? Pelo menos que não tivesse preguiça das receitas em inglês? Se eu lembrar até o Natal, já sei onde achar.
Procurando pela Amazon, vi que também existe este aqui.
Ai, ai, ai... Já pensou em uma receita por dia?? Ou uma de crochê e outra de tricô?
Ia ficar louquinha.
Como se eu já não tivesse ideias demais na fila!

Na rede, uma análise bem racional do Crepúsculo

Hoje, depois de muito tempo, bateu a insônia. E, fuçando por aí (em vez de trabalhar no pré-projeto de monografia), acabei achando este post que faz uma análise racional e bem mercadológica do Crepúsculo.
Legal é que muito do que ele fala eu tinha percebido intuitivamente, mas, por falta de conhecimento sobre todos esses "requisitos" para um shojo (que eu nem sabia também o que era, diga-se), não saberia pontuar nada disso.
O que gostei dessa análise é que ela põe num plano menos relevante a minha principal crítica ao livro, que era justamente o fato de ter sido feito pra um público bem específico.
E é bem verdade que a Meyers melhora ao longo de toda a série. Embora ainda não seja meu tipo preferido de autora essa que não corre riscos, é evidente que a narrativa fica bem mais estruturada nos dois últimos livros.

Por fim, gostei do Sedentário&Hiperativo, que descobri num email que o Rodrigo me mandou: aquele meu amigo ligadíssimo na internet. Mais uma boa companhia pras noites de insônia, ainda que mais raras.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Bolsa de crochê

Finalmente terminei a minha bolsa de crochê, baseada no tão falado modelo Dublin do estilista Gerard Darel.
Sei que pra quem fuça blogs que falam de crochê, essa bolsa já tá bem manjada, mas, se de início eu não dei muita bola pra ela, achei meio exagerada, com o tempo fui ficando interessada.
Espalhadas pela internet, há várias receitas e até gráficos. O problema é que, quando já tinha até começado a fazer, reparei que o desenho não era simétrico como o da bolsa original.
Perfeccionista que sou, cismei de fazer igual. A Júlia me ajudou e, enquanto olhávamos as fotos várias vezes, contamos as carreiras e fizemos um gráfico em papel quadriculado, que corrigimos sei lá quantas vezes até ficarmos satisfeitas com o resultado.
Transpus essas informações pra uma receita escrita, que achei mais fácil de seguir no caso de um trabalho tão grande e detalhado.
Depois disso, já ao tecer, ainda desmanchei e recomecei outras tantas vezes, como acontece com todo trabalho manual.
Tem gente que tece a bolsa circularmente, e eu ia fazer isso, mas o desenho ficava comprometido, não preservava a textura própria do crochê em carreiras de ida e volta.
Enfim, achei o caminho e fiz a parte de crochê em mais ou menos duas semanas, intercalando com outros trabalhos.
Mas aí veio todo o acabamento: forro de tecido (quis um bem contrastante e com desenho bacana, pra dar charme), pingentes, cordões e as benditas alças, que queria comprar prontas mas não encontrava em tom parecido com o da minha linha.
Por fim, acabei fazendo as alças eu mesma, de courino.
Ainda pus por dentro um bolso para celular, que inventei no padrão da bolsa, com uma bola no meio, e uma corrente para prender chaveiro, como as que existem nas bolsas da Uncle K, ideia que acho fantástica.

Enfim, o resultado final está aí nas fotos. Usei agulha de crochê de 4 mm e a linha Natural, na cor ferrugem. Minha primeira escolha seria verde, mas o armarinho não tinha. Como quase tudo que tenho é verde, fiquei bem feliz com a cor da bolsa. É diferente, combina com muitas coisas e foge do meu habitual.
Vou dar uns toques finais na receita, digitalizar o gráfico e postar depois. Vai que alguém tão obcecado com simetria como eu se interessa...
Aproveito e dou também o caminho das pedras pra fazer as alças, que me deu um trabalhão descobrir.


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Crítica demais?

Eu sei que posso ser excessivamente crítica. Tudo bem, eu admito.
Mas, caramba, eu tenho que usar um livro como manual pra escrever um trabalho de conclusão de um curso de pós-graduação em Língua Portuguesa.
Veja bem, em Língua Portuguesa!
Como é que posso confiar nesse livro se ele tem um monte de erros gramaticais horrorosos e muitos outros de revisão não menos feios?
É muito difícil! Pra mim é um conflito enorme.
Já tive que ler um outro livrinho por conta desse mesmo curso. Era prum trabalho de conclusão de disciplina, apenas, mas olha, foi difícil! Um livrinho mal escrito, fraquinho pra caramba, em que o cara não consegue deixar muito claro aonde quer chegar. Já foi um pequeno sacrifício.
Mas este de agora, que servirá de guia pra o tal trabalho, que eu vou ter de usar até abril, em que vou ter de me basear pra todas as etapas da pesquisa e da confecção da monografia, este vai se mostrar um sacrifício beeem maior.
É por essas e por outras que, cada vez mais, vou confirmando a impressão inicial geral de que o curso é, sim, meio tabajara. Uma pena!
Na boa, dá uma certa vontade de desistir e procurar algo mais bem estruturado. Mas vou perseverar ainda um pouco e ver se treino mais minha paciência e meu espírito de tolerância.
Enquanto isso, vou fazendo minha parte o melhor que puder, que jeito?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Tantas coisas

Minha vida virtual é quase parada e não acompanha a física, não tem jeito.
Tem muita coisa que quero falar, muita mesmo.
Mas não acho tempo pra ficar aqui na frente.
Daqui a pouco vamos ver o primeiro House da sexta temporada. Ai, ai, dá uma certa desconfiança: será que vai estar bom?

Tou cheia de tricôs e crochês pra falar e pra incluir no Ravelry.

Quero falar dos livros que li recentemente. Quer dizer, só do Extremamente Alto, Incrivelmente Perto, que foi o que valeu mesmo a pena.

Quero contar que tou num curso de pós-graduação. Meio tabajara, mas que mesmo assim me toma um tempão. E que me deu maior vontade de estudar pra valer, quem sabe até tentar um mestrado. Será que isso está ao meu alcance, Deus meu?

Ih, tem coisa demais, mas hoje só vim pra validar meu login, senão é capaz de meu blog ser desativado!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Releitura

Pois é, acho que também sou viciada, na medida em que minha idade permite, claro.
Reli Harry Potter e as Relíquias da Morte, em inglês, pra dar uma rendidazinha.
'Tou com crise de abstinência, essa é a verdade.
Queria mais desse mundo, ou de outro que fosse tão envolvente e tão longo, pra durar mais uma década, quem sabe.
Tenho pensado muito em por que gosto tanto, mas, em resumo, o fato é que a fantasia é muito atraente mesmo, talvez pra esquecermos um pouco da nossa realidade quando pesa.

Enfim...
Vou mudar de ares e começar a ler caras que nunca li, porque não passaram pelas minhas mãos ou porque esquecia deles.

Começo por Os Lusíadas. Se pensar que um dos caras que mais alimentaram meu gosto pela literatura foi um especialista em Camões, que, rezava a lenda, sabia de cor boa parte desse épico, parece mentira que nunca cheguei a lê-lo.
Pois estou disposta a fechar esse imenso furo no meu modestíssimo caminho pelas letras.
Vamos ver no que vai dar.

sábado, 18 de julho de 2009

"Crepúsculo" em versão cinematográfica

Então, né, a Júlia e o Igor, amigo dela, dizem que sou louca, mas, depois que finalmente vi o Crepúsculo no vídeo, sabe que eu gostei muito mais do filme?
Claro que pode ser porque eu não gostei muito do livro, então fica fácil, ri ri ri.
Mas a verdade é que eu achei que foi um filme bonito, com boa trilha, bem feito, que valorizou o clima da história e, principalmente, a personagem principal.
Nos livros, eu achei a Bella uma chatinha, reclamona e sem graça, como ela mesma se acha, talvez, já que é a narradora principal.
No filme, a diretora a fez interessante, muito bonita e diferente das outras meninas, como provavelmente seria uma garota que despertaria tal paixão num cara como o cansativamente perfeito Edward.

No mesmo fim de semana em que vi o filme, terminei o Amanhecer. Talvez sob influência do filme, talvez porque o livro seja melhorzinho mesmo do que os outros, eu até gostei.
O que me irritou mesmo foi aquela pataquada de que ser vampiro é o máximo, porque a pessoa fica muito mais ágil, forte, bonita, sensível e capaz de tudo o que quiser.
Vamos combinar, né? Desde que o mundo é mundo e essa lenda apareceu, ser vampiro é uma das piores maldições que poderia sofrer um personagem qualquer!
É de matar essa autora ser tão tomântica que nem se preocupa mais em levar isso em consideração.

Mas ok, ela até que resolve bem alguns conflitos, explica as coisas, ficou legal.

Lógico que não é uma leitura tão emocionante quanto um Harry Potter, por exemplo. Quero dizer, mesmo que ela crie um momento de clímax bem tenso, com um monte de vampiros ambiciosos e inescrupulosos ameaçando acabar com todos os sanguessugas do bem, a gente sabe que não vai morrer nenhum personagem importante, que tudo vai acabar cor-de-rosinha.
De fato, ali o felizes-para-sempre é pra sempre mesmo, já que todos são imortais.
A gente saca desde o começo que a autora não vai comprometer a felicidade do seu público principal - as meninas românticas - e não vai matar nenhum galã ou mocinha. Aliás, nem um amigo ou parente próximo deles.

Não é como ler Harry Potter e as Relíquias da Morte, por exemplo, em que desde o comecinho você fica tenso porque sabe que a autora pode fazer o maior massacre e matar um bocado de personagens queridos.
Até o Harry Potter ela era capaz de matar. Eu nunca achei que de fato o fizesse, mas que ela era capaz, isso acho que era. E ficaria bem coerente com a história, caso fosse o único jeito de acabar com o Voldemort.

Enfim, no fundo, quando eu comecei a ler o Crepúsculo, tinha uma vaga esperança de encontrar outra história tão boa e empolgante quanto a do Harry Potter.
Doce ilusão!
Mas deu pra distrair, trouxe alguma diversão e, no final das contas, já não acho tão ruim quanto achei no começo.
Ainda não acho fantástico, como os meninos todos por aí - e as meninas, principalmente -, mas achei divertido.

Agora, o que eu queria mesmo era que aparecesse outro harry potter pra prender a gente por alguns anos, uma história - fantasiosa ou não, não importa - que fizesse a gente esperar pelo próximo volume, que criasse essa comoçãozinha a cada novidade, que tomasse muitas horas de debates e especulações entre os grupos mais variados...

Ando sonhando com algo assim. De preferência pra ler, claro, mas se fosse outra série de tv, por exemplo, tão cativante quanto Friends, eu também não ia achar ruim.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Os Budapestes

Li Budapeste e assisti ao filme de mesmo nome.
Mesmo nome, mas não mesma origem. Recuso-me a associar.
Assim: gostei muito do livro! Minha impressão de Chico Buarque escritor não era nem de longe a mesma que tenho dele compositor.
Eu não tinha gostado do Estorvo, tinha achado forçado, pouco original.
Mas esse Budapeste foi uma surpresa boa. Tudo bem que eu nem sempre gosto dessas histórias contadas de modo vertiginoso. Também não são assim muito originais.
Mas nesse caso fluiu muito bem. E adorei o mote: apaixonar-se por um idioma. Pô, eu adoro essa coisa de aprender idiomas (embora ainda não tenha aprendido muitos... saber mesmo só sei o meu, e olhe lá...), então me identifiquei com esse lance meio maníaco do personagem.
Claro que não gostei muito de ele ser tão desapegado da mulher e do filho. Mas parece que a gente tende a relevar a canalhice de personagens de ficção, afinal.
De qualquer modo, achei uma leitura gostosa e fácil.
E o final é fantástico. O rolo todo do amor das mulheres dele pelas obras, não pelos autores: gostei muito!

Daí que, ingênua, fiquei toda animada pra ver o filme no cinema.
Santa ilusão!
Um dos piores filmes que já vi na vida.
O que é aquele ator, meu Deus!
De onde tiraram um cara tão ruim?
Aliás, só salva mesmo a húngara, talvez porque a gente não consiga saber o que ela diz.
O que é aquela direção?
Pra que aquelas cenas exageradas de sexo?
E a produção, a fotografia? O roteiro??
O cara não entendeu nada, impressionante!
Na boa, foi o maior desperdício! Pra mim que raramente tenho chance de ir ao cinema, só deu raiva!
Não sei como foi permitido que um filme ruim desse chegasse ao fim.

sábado, 6 de junho de 2009

Presente

Ontem comprei A Menina da Sexta Lua pra dar de presente pra minha sobrinha, que fez 11 anos.
Ela gosta de ler, e eu adoro dar livros pra meninada, então fui fuçar na sessão de livros "juvenis".
Tem um milhão de megs cabots, mas, justamente por isso, resisto. Não sinto muita credibilidade em uma autora que cria várias séries de vários livros cada uma, todos no mínimo superficiais, que, embora tenham o mérito de estimular a leitura nas meninas novas, não vão muito além dos conflitos de relacionamento de adolescentes e, como recém-lançado no Brasil, pré-adolescentes.
Lamento pelos fãs, mas tudo me parece um grande achado pra se encher de grana sem fazer muito esforço.
Por isso escolhi outra série.
Sei que também já está meio manjado esse negócio de escrever histórias em série com temas mágicos ou místicos, de aventuras com crianças ou adolescentes.
Embora o grande fenômeno do começo do século (a rigor, do final do século anterior) seja o Harry Potter, J. R. R. Tolkien e C. S. Lewis já tinham feito isso com maestria muito tempo antes.
Mas nesses casos, e aí incluo sim a Rowling, criou-se todo um mundo cheio de detalhes, leis, personagens, toda uma realidade fantástica que conquista porque existiu na mente dos seus criadores, mais rica até do que nos livros que chegaram a ser publicados.

Isso, com certeza, não é o que se vê nessas Megs Cabots da vida. E ainda não sei se é o caso da Nina, a Menina da Sexta Lua, mas pelo menos esta é uma história que leva à fantasia e pode despertar algum interesse pela história e por outras ciências, em vez de falar sobre popularidade na escola ou truques pra ter uma aparência padronizada.

Quando souber as impressões da Jujuba, venho aqui contar.

Na fila

Já tenho aqui vários livros na fila.
Tem Benjamin e Budapeste, do Chico Buarque, que a Dani me ofereceu e me emprestou depois deste post, e tem Breaking Dawn, que a Júlia já acabou.
Acho que vou de Chico primeiro, porque, por mais que não tenha achado o Estorvo tão bom, Chico Buarque há de ser melhor que Stephenie Meyer.
Outra razão é que 'tou com preguiça de ler em inglês. É vergonhoso, eu sei, e devia aproveitar esses livros assim bem faceizinhos pra treinar, mas ai... 'tou com tanta preguiça... Acho que pra eu me estimular tinha que ter muuuuita vontade de saber o que vai acontecer, como foi com As Relíquias da Morte do Harry Potter, o que, certamente, não é o caso.
Além disso, tenho muitas outras coisas na fila, esta de fazer: tem meu casaco de tricô pra terminar, porque finalmente resolvi encarar o tricô até aprender mesmo! Tem um xale de tricô pra fazer, com a linha Dance da Cisne, que comprei e é lindíssima. Tem um casaquinho de crochê que comecei a fazer pra Raquel há muitos meses, e que agora vai pra SEAE ou pra outro bebê, porque já nem vai mais caber nela. Tem uns dois ou três cachecóis que quero fazer com pontos de tricô que vi na Internet e 'tou doida pra testar...

Por isso tudo, não vou gastar o tempo do meu cérebro lendo em inglês um livro que nem é tão empolgante assim pra valer a pena a energia que posso gastar com qualquer uma dessas coisas!
Quando sair a tradução, eu encaro.

"Quando Nietzsche chorou"

Terminei Quando Nietzsche chorou.
Todo mundo falou tanto sobre esse livro, e o filme fez tanto sucesso, que fiquei curiosa. Embora, normalmente, eu seja meio reticente quanto a best-sellers. Mas gostei do livro.
Pelas informações históricas que aparecem no final, até que o autor criou um romance interessante, bem verossímel.
Claro que, pelo pouco que eu sei, nenhuma análise faria tanto efeito em um tempo tão curto, mas no contexto faz sentido e, de qualquer modo, serve ao fim a que se pretende o autor, se não me engano, que é criar uma possível história da invenção? descoberta? desenvolvimeno? da psicanálise.
É uma ciência que já existia e só esperava que alguém a organizasse ou foi mesmo criada? Meu conhecimento é muito pequeno pra me afundar nessas dúvidas, dá até preguiça!

De volta ao livro, só fiquei meio decepcionada com a presença do Freud na história. Talvez por causa da minha ignorância, eu achei que ele teria uma participação bem mais ativa na coisa toda... Enfim, um dia, talvez, eu estude mais sobre isso.

Deu vontade mesmo de conhecer Nietzsche, que um amigo meu já lia aos 19 anos! Se entendia, eu não sei, mas, vamos e venhamos, é considerável pelo menos o interesse, né? O mais fundo que eu ia na cultura, nessa época, era Machado de Assis, acho. Literatura, apenas. Pela filosofia, ainda hoje nunca me aventurei... Não me acho investigativa o bastante, mas todo mundo muda. Quem sabe?

Uma coisa legal desse exemplar que li é que foi emprestado da minha comadre, e ela fez várias anotações às margens do livro. É interessante ler um livro anotado, porque você vê que o que chama atenção dos outros nem sempre - ou quase nunca - é o que chama a sua.
Mas anotar nos livros é uma coisa que nunca fiz. Acho que tenho pena de marcá-los, mas também imagino que, se o fizer, vou interferir na leitura do próximo que o tiver nas mãos, porque sou fatalmente atraída pelas marcas que outro fez. Será que isso é bom? Ainda não consigo definir uma posição. Às vezes ajuda a leitura alheia, às vezes limita... Talvez dependa mesmo do livro, não sei bem.
De qualquer modo, quando escrevo ou falo das minhas impressões, não acabo fazendo isso? Só não as deixo lá, no próprio objeto, mas de alguma maneira não influenciamos alguém quando falamos do que lemos ou vemos ou ouvimos?
Nenhuma leitura é, afinal, isenta da interferência dos outros.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

"A Casa dos Espíritos"

Terminei A Casa dos Espíritos.
Gostei muito do fechamento. Compensou qualquer pequena insatisfação durante o percurso.
Adorei a percepção da Alba sobre o ciclo das vidas, sobre não ser possível compreender todos os fatos com base numa única existência, pois alguns têm início nas gerações anteriores e vão se concluir nas futuras.
Adorei ela compreender que deve quebrar o ciclo de ódio e rancor, para que talvez seu neto não sinta desesperada necessidade de violar uma neta do coronel Garcia.
Que final incrível, que bela maneira de fechar essa história, sem fechá-la nunca.
Por isso, creio, é um livro tão querido.
Também entra para a minha lista de livros queridos, só pelo modo como termina.
Adorei a neta amar seu avô a despeito de todas as discordâncias e de todas as arbitrariedades que ele cometeu em toda a sua vida. A despeito de, friamente, ele ser o tipo de homem a quem ela desprezaria, ponto final.
Adorei que um livro nos mostre, mais uma vez, que se pode gostar de alguém e até amá-lo - talvez principalmente amá-lo - mesmo que não se concorde com ele em nada.
Adoro quando uma leitura me faz refletir tanto sobre mim mesma.
Terminá-lo com o show do Caetano Veloso ainda na mente foi muito significativo.
Será que nosso inconsciente busca esses conteúdos com intenção???
'Tou adorando essas perguntas todas!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Caetano Veloso em Brasília

Sábado passado a Nessa e eu fomos ver o Caetano Veloso no Centro de Convenções de Brasília.
Esse show deu muito o que pensar.
Não pelo show em si, mas ele neste meu momento.
Caetano foi meu ídolo de adolescência.
Minhas irmãs, minha amiga Marilene e eu, e, mais posteriormente, também a Rita, víamos tudo o que saía sobre ele, assistíamos a todos os shows (quando tínhamos grana, claro), de preferência na primeira fila, na mesa central, tínhamos e sabíamos todos os discos de cor.
Vimos o filme dele, Cinema Falado, na pré-estreia, em que o próprio Caetano estava presente. Nessa ocasião, conseguimos o feito de dar-lhe um beijo na bochecha e fazer uma foto ao seu lado.
Enfim, éramos fãs mesmo, de carteirinha.
Tietagens à parte, eu realmente gostava de suas músicas. Nem de todas, claro, porque dificilmente um artista agrada por completo, mas gostava muito de muitas, e algumas considerava obras-primas.
Considero, aliás, ainda hoje.
Mas de uns anos pra cá fui me distanciando dele. No tempo em que ficou amargo demais por causa, acho, do fim de seu segundo casamento, eu comecei a não curtir muito os discos.
Acabou que não conheço a maior parte de sua obra recente - de uns 10 anos pra cá, talvez.
Apesar disso, quando ouvi Sem Cais no rádio do carro, me deu aquela vontade bem forte de rever o Caetano. Senti nascer um carinho novo por meu ídolo de tantos anos.
Por isso convenci minha "rimã gênia", sem a qual não ia ter a mesma graça esse reencontro.
Quer saber? Amei ter ido. Não conhecia um bocado de músicas, porque não conhecia o disco novo, mas gostei muito de algumas delas, não gostei de outras, e amei as que eu já conhecia: só pérolas: Maria Bethania, Trem das Cores, Incompatibilidade de Gênios, Eu sou Neguinha?, Irene.

Mas o melhor foi reencontrar mesmo o Caetano: deu vontade de comprar esses discos que deixei pra trás. Fiquei com pena de não ter acompanhado o Obra em Progresso, simplesmente por não saber dele. Imagina essa possibilidade naqueles outros tempos! Por que será que me distanciei assim?
Tenho me feito muitas perguntas aparentemente bobas como essa, e esse show trouxe várias.
Questionamentos sobre a passagem do tempo, sobre o correr da minha vida e das minhas idades, sobre o correr da vida dos outros.
Mesmo que eu ainda não esteja velha, sei que envelheço a cada dia. Agora percebo isso com cada vez mais nitidez, porque é um processo da natureza: "o tempo não para e, no entanto, ele nunca envelhece." Nós é que envelhecemos, mas nosso espírito envelhece? Ou apenas engrandece?
Ai, que maluquices me trouxeram um show de música popular e um livro latino-americano!
Porque concluir A Casa dos Espíritos também trouxe muitas reflexões.
Talvez eu é que esteja aberta a elas, e tudo o que passa por mim as suscita.
Também é algo em que pensar.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Livro mal revisado não dá!

Estou lendo A Casa dos Espíritos, da Isabel Allende. Já tinha visto o filme pelo menos duas vezes e gostado, mas todo mundo dizia, claro, que o livro era melhor.
Nunca duvidei disso e, de fato, 'tou gostando de ler a história. Mas tem um problema que é quase de abandonar: esta edição que tenho aqui (Editora Bertrand Brasil S/A, 11ª edição, 1989) tem MUITOS erros de revisão e de gramática, principalmente de concordância verbal e nominal, mas também erros de pontuação, alguns que parecem de tradução, inconsistência na forma de escrever os nomes dos personagens...
Um horror!
Espero fortemente que seja apenas esta edição e, se um dia tiver outra em mãos, com certeza vou dar uma conferida. Mas não vejo nenhuma justificativa pra uma edição sair desse jeito da editora. É absurdo! Desrespeito total pelo leitor, pela autora, pelo idioma! Não dá pra aceitar.
Eu só não abandonei o livro porque a história é mesmo interessante, mas irrita.

Pra falar a verdade, já não achei a autora assim tão sensacional. Conheço pessoas que são muito fãs dela (todas mulheres, pensando bem, não sei se tem alguma significância isso), mas eu mesma nunca tinha lido. Incomodou-me um pouco a semelhança com as obras do García Márquez, sem, no entanto, seu brilhantismo.
Os dois narradores são uma ideia legal, mas as idas e vindas no tempo, com antecipação de fatos importantes, não têm a mesma naturalidade do próprio García Márquez ou do Saramago.
Mesmo assim, vale pela história, pelos personagens tão ricos.

Essa esculhambação com a forma, porém, é inaceitável. Não sei como é que pôde sair um livro assim, como nem uma única alma se importou que fosse tão, mas tão mal cuidado.
Não é nem o caso de dizer que foi mal revisado. O que parece é que não houve revisão alguma! Admira até que um escritor ou, pra resguardar a Isabel Allende, um tradutor seja tão despreparado pra usar sua língua, ainda mais se é seu instrumento de trabalho!
Imperdoável!

"Os dois lados" de House

Eu gostei do final da quinta temporada do House.
Se você ainda não viu e é como eu, que não gosta de saber das coisas antes de ver, não leia, porque vou falar sem censura.

Mas 'tava mesmo estranho aquele clima de resolução de problemas, né, não podia ser tudo tão bonito e tal.
Claro, já 'tá meio manjado, desde aquele último episódio da segunda temporada (segunda mesmo?), em que o House é baleado, esse lance de imaginação, alucinação e afins pra desfazer os supostos fatos bombásticos. Mas tudo bem, ficou coerente, foi bem feito e, além de tudo, divertido.

Eu adoooro o House, não tem jeito. Ele é um porre, grosso, mas nada me tira da cabeça que no fundo é do bem, lá do jeito dele, claro, mas é do bem.
E, além de tudo o mais, eu adoro pessoas inteligentes. Por que não adoraria, então, personagens inteligentes?

O duro agora vai ser esperar todo o intervalo entre temporadas.
Esta foi a primeira vez, acho, que lá em casa seguimos uma série assim. Tem o lado ruim da expectativa, mas ela mesma também é legal, por outro: dá aquele gostinho a mais ao episódio, afinal.
Agora que descobri os bastidores - especulações de fãs, fofocas sobre a série, torcidas diversas pelos diferentes romances ou saída de personagens - vai ser divertido passear por esse outro lado, enquanto não chega a sexta temporada, se eu tiver paciência suficiente pra isso.

Também vou aproveitar pra rever a quinta com calma. Foi muito tumultuada, cheia de acontecimentos significativos, vale a pena lembrar as histórias.
Mesmo os casos clínicos foram bem interessantes, cheios das maluquices mais diferentes.
Ao final, desfez-se a impressão que tive nos primeiros episódios, que eram macabros demais pro meu gosto. E não tinham o Wilson, né, impossível curtir sem ele!

Tudo isso me lembrou a espera pelos livros do Harry Potter, algo de que os fãs sentem tanta falta. Era muito bom imaginar como a autora ia solucionar aqueles problemas todos, especular sobre o passado e o futuro dos personagens, quem ela ia matar, quem ia ser herói. E, no fim, ficar surpresa porque a maioria das nossas suposições não passaram nem perto de acontecer.
Eu não tinha me dado conta de que essa curtição era parecida com a das séries. Por isso é uma fórmula que deu tão certo.
Ruim vai ser quando anunciarem que vai ser a última, mas uma hora vai acontecer, é inevitável. Paciência...

Às férias, então.
Que venha a sexta temporada.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

“Regular radical, me radical or me out of my mind radical?”

E o House, heim?
Ai, ai, já tá acabando a quinta temporada! Ao que tudo indica, hoje vai ao ar o último episódio, lá nos States. Será que conseguimos baixar pra ver ainda hoje? Tomara!
Com certeza achamos o arquivo, mas não deve dar tempo pra fazerem a legenda. E House não conseguimos acompanhar sem, com todos aqueles termos médicos e aquelas discussões tão rápidas!
Na pior das hipóteses, vemos amanhã.

Esta quinta temporada foi demais, cheia de reviravoltas. O bom é que com o tempo eles tiveram que se entranhar mais na vida dos personagens constantes, e fizeram isso muito bem. 'Tá cada dia mais interessante.
Certo que neste ano eles foram deixando alguns assuntos de lado, como a doença da 13 e a filha da Cuddy, que só mencionaram de novo no episódio 23. A neném tudo bem que ficasse meio de lado, uma vez que a rotina de mãe tenha se harmonizado com a de diretora do hospital. Mas a doença, que já vinha dando as caras, com essa eles podiam ter sido mais cuidadosos, né? De qualquer modo não prejudica a série não, que fica cada dia melhor.

Estamos acompanhando pela internet os episódios enquanto saem por lá, porque a curiosidade não deixa esperar que a Universal passe aqui, com 3 episódios de defasagem.
Vou dar uma fuçada pela net pra saber das fofocas: o porquê de algumas perdas e tal. Ficou muito estranho, cheirando a briga, sei lá. Mas pode ser só viagem minha.
O fato é que a gente nunca tinha acompanhado uma temporada assim, episódio a episódio. De nenhuma série, pra falar a verdade. Sempre víamos temporadas inteiras de uma vez. E agora 'tamos aqui nessa ansiedade. Certo que roubamos um pouquinho, com essa história de baixar os que saem lá, mas também ia ser demais ficar esperando tanto, né?
Santa evolução tecnológica!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Vampiros e lobisomens

Outro dia comentei que já cobri uma boa quantidade de livros este ano, mas essa contagem não é assim tão honesta, porque entre eles estão três da série do Crepúsculo. São livros muito simples, que a gente lê assim em alguns poucos dias, então ficam quase três por um, né?

Eu em geral detesto história de vampiro. Morro de medo, tenho aflição, não gosto. O único filme de vampiro de que já gostei na vida foi Drácula, de Bram Stoker. Que, aliás, amei. Mas disso falo em outra hora.

O lance é que, por causa dessa aversão, eu nem pensava em ler o tal Crepúsculo. Mas, como gosto de ficar por dentro do que os meninos curtem, pra me meter a besta e entrar na conversa deles, acabei cedendo. Por conta disso, ganhei de presente de aniversário.

Gostei de ler, pra saber do que se tratava. Mas, na boa, como literatura é bem ruinzinho, né?

Primeiro, porque é escrito pra um público bem limitado: feminino e bem jovem.

Segundo, parece aquelas sabrinas, júlias e biancas em que algumas meninas eram viciadas, quando eu era adolescente. Um cara perfeito que se apaixona pela heroína mais improvável, de tão sem graça. Tudo bem que ele ser um vampiro não o deixa tão perfeito assim, mas na maior parte do tempo, a descrição é essa.

Terceiro que não acontece quase nada no livro todo, exceto no momento do clímax, que, aliás, é o clichê dos clichês.

Por causa de tudo isso, nem me animei a ler a sequência. Mas, uns meses depois, pra descansar a mente do terceiro Saramago seguido que eu pegava, acabei embarcando no Lua Nova. Que achei um pouco mais legal.
O que mata é a churumela de fossa da personagem principal. Cruz credo, dá vontade de mandar a chatinha arranjar o que fazer, né? Ficar com buraco no estômago, surtar meses sem sair do quarto, não falar com ninguém só porque terminou um namoro é muita frescura, né? Não tem quem aguente!
Mas, pelo menos, tem um pouco mais de ação, e surgem personagens novos, bem mais divertidos e com conflitos diferentes.

No final, porém, com aquela pataquada de pegar um avião pra Itália pra salvar o mocinho que quer se oferecer em suicídio pros vampiros ultramalvados, pelarmordedeus! Quase joguei o livro longe!
Não tem nada a ver com a história, com a trama, com nadica de nada! Muito ruim!

Ok, ok. Apesar disso tudo, acabei enbarcando no Eclipse. Como disse minha irmãzinha, esse negocinho é meio viciante mesmo.
O fato é que, nesse, a autora começou a acertar a mão. Já fez uma história bem mais encaixadinha, coerente, uma literatura mais trabalhada, pelo menos.
A Bella continua uma chata de galocha e quem já leu o último livro da série, o Amanhecer, disse que isso não muda muito. Mas vou ler assim mesmo, qualquer dia desses, só pra curtir a disputa entre o Jacob e o Edward.

Aliás, numa conversa curiosa que tive no trabalho com uma colega adulta e a filha adolescente de outra, constatamos que as adultas escolheriam o Jacob para a personagem, mas as meninas preferem o Edward. Bem coerente, né? Quando a gente cresce sabe o que é mais útil e divertido. RI RI RI.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

"Intermitências da Morte" e "História do Cerco de Lisboa"

Aos poucos, vou falando dos livros que li neste ano.
Na empolgação pelo lançamento recente de mais um Saramago (A Viagem do Elefante), retomei As Intermitências da Morte, que ganhei de aniversário 3 anos atrás, comecei a ler e parei, sei lá por quê. Achei mais difícil que os saramagos em geral, tive uma certa preguiça.
Mas me animei e fiquei muito feliz por isso. O livro é muito bom, muito interessante.
A leitura que eu fiz foi de uma certa racionalização do autor para, pareceu-me, amenizar o desconforto com a aparente iminência da morte, já que de sua inevitabilidade não haveria o que dizer.
O que gosto muito no Saramago é sua peculiar capacidade de inventar para a vida cotidiana uma situação inusitada que nos faz analisar o absurdo de alguns dos nossos desejos (de que pudéssemos não morrer nunca) ou comportamentos (não ver de verdade os outros).

Agora, o interessante d'As Intermitências é que ele muda completamente o rumo, de uma hora para outra.
Minha irmã me atiçou a curiosidade, ao dizer que aquele livro era, até um pedaço, como o Ensaio sobre a Cegueira, e, a partir de certo ponto, nitidamente virava um Memorial do Convento. Como eu não tinha lido esse último, fiquei presa a essa curiosidade. E, mesmo sem conhecer o Memorial, é evidente o momento da mudança, uma ruptura mesmo.
Sei lá o que deu na cabeça dele, vira uma história totalmente diferente das que ele conta em geral. Só lendo pra ver.
O que tem de comum é aquele certo pendor pro romantismo, mas, claro, o romantismo saramaguiano, que não tem nada a ver com o banal.
Vale a pena ler, é um livro bem curioso mesmo. Eu gostei, mesmo com, ou principalmente por ele, esse final inusitado.

Aliás, esse romantismo próprio é um dos elementos mais valiosos da História do Cerco de Lisboa, outro livro que eu já tinha começado (algumas vezes, aliás) e não seguia adiante, mas desta vez peguei firme também por recomendação da minha irmãzinha (revisora, o que a faz ter um carinho especial pela história, deduzo).
Esse é delicioso! De fato, tinha achado meio chatas as primeiras páginas, mas, vencida essa impressão inicial, me apaixonei em cheio pelo livro.
Muito bem escrito, como todos os saramagos, mas delicadíssimo, sensível, lindo.

Com este, redescobri um outro prazer que sinto nos saramagos um pouco mais antigos: trazem já sua crítica ácida da hipocrisia humana, mas têm também um respeito a mais pelos sentimentos nobres que os humanos também têm. Um carinho por sua forma de amar, seus receios próprios desse estado amoroso, uma poesia pra falar do sexo nesses personagens.

Uma beleza delicada e menos pessimista do que aquela também beleza mas tão dura do Ensaio sobre a Cegueira ou do Evangelho segundo Jesus Cristo.

Descobri que gosto talvez ainda mais desse Saramago de antes. Mas, claro, graças ao conjunto de tudo o que ele trouxe depois. Paradoxal?

terça-feira, 28 de abril de 2009

A tal da Misteriosa Chama

Enfim, terminei o livro do Umberto Eco que, surpreendentemente, não achei bom.
Como já disse algumas vezes, tinha abandonado A Misteriosa Chama da Rainha Loana por outros livros (na época, acho, a releitura do Ensaio sobre a Cegueira.)
Quando retomei, uns dias atrás, fiquei surpresa, porque poucas páginas depois ele ficava interessante.
"Se eu tivesse tido um pouquinho mais de paciência...", pensei.
Ilusão. Outras poucas páginas depois, ele ficava chato de novo.
E, mais adiante, até que se mostrava mais uma vez interessante. Verdadeiramente interessante.
Mas é pouco, logo o livro acaba, e o final também não é lá essas coisas.
De qualquer modo, 'tou feliz por ter terminado. É ruim essa sensação de abandonar o livro de alguém que a gente admira tanto, apesar de uma escorregadinha dessas.
Em aparente paradoxo, agora fiquei ainda com mais vontade de ler o Baudolino e A Ilha do Dia Anterior. Este tenho que comprar ou pegar emprestado de novo, mas o outro sei que temos em casa. No entanto não achei, deve estar emprestado.

Nesse meio tempo, também fiquei curiosa pra ler Benjamim e Budapeste, do Chico Buarque.
Apesar de não ter gostado muito do Estorvo, seu romance de estreia, por ter achado uma tentativa frustrada de criar uma história à Rubem Fonseca - lembrou muito o Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos -, ao ler a reporatgem biográfica do Chico fiquei interessada nos outros dois romances dele.
'Tou me segurando pra não ir à Livraria Cultura comprar todos esses, e mais uns dicionários que trazem já a nova ortografia. Adoro aquele lugar, e, com essa brincadeira toda de festa de aniversário, os gastos extras do mês já foram todos usados. Então devo evitar a visita por algum tempo.
Vou garimpar minha estante mesmo, que tem ainda muitos volumes na fila, inclusive alguns saramagos.

Estou feliz com o rendimento da leitura neste ano. Já são oito livros em quatro meses, uma boa média pra quem tem neném em casa e um mundo de ideias malucas pra pôr em prática. Que bom que, magicamente, o tempo tem rendido pra essas vontades todas.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Lista de livros

Incluí aí no canto uma lista dos livros que li este ano.
Vi isso no blog de um amigo da Fal, que está linkado lá nos Drops dela. Depois, quando estiver com mais tempo, volto lá pra buscar os links e pô-los aqui, direitinho.
O lance é que, embora eu não chegue nem aos pés daquele leitor inveterado, achei boa a ideia, porque é uma maneira de registrar os livros lidos no ano, coisa que a gente acaba esquecendo com o tempo.
E anotar em caderno não teria o mesmo efeito, porque tudo que anoto neles fica registrado, mas não é algo que se encontre fácil, na hora em que aparece a vontade ou a precisão.
Então fica aí a lista.
Aos poucos, vou comentando as leituras uma a uma.
Aliás, retomei A Misteriosa Chama da Rainha Loana depois de quantos, uns quase 2 anos?
Até que ele fica mais interessante, umas 5 ou 10 páginas depois de eu tê-lo abandonado, mas como eu podia saber?
Desta vez termino, com certeza. Aí digo minha impressão final.

Tempo ocupado

Estamos na maior correria aqui em casa pra produzir uma festa de aniversário para a Raquel.
Lembro nitidamente do 21 de abril do ano passado, quando fui ao hospital consultar minha médica e pedir que ela fizesse alguma coisa pra induzir o meu parto.
Mas ela disse que ainda era cedo e que, se fizesse isso, eu poderia ter um parto mais demorado e mais difícil do que se esperasse mais uns dias.
Então foi o que eu fiz. Além do mais, meu maridinho teve um episódio de pressão alta bem naquela tarde. Na verdade, ele se sentiu mal enquanto me levava ao hospital, e aproveitou que estava lá pra consultar um clínico geral. Ainda bem, porque soube ali que a pressão estava alta.
Que sufoco, viu, vou falar. Bom que a dra. Valkyria não aconselhou adiantar o nascimento da Raquel naquele dia.
Foram só mais 5 de espera. Hoje parece pouco, mas no ano passado eles foram bem longos, isso é verdade.
E agora, 'tou torcendo pra passarem mais lentamente, pra dar tempo de terminar os enfeites pra festa dela.
Estamos fazendo de feltro os bonecos que vão enfeitar a mesa do bolo.
Ainda falta decorar umas latas pra por nas mesas, encomendar os salgados, bolar umas diversões...
Tem um certo trabalhinho ainda pela frente, mas vai valer a pena, porque acho que a festa vai ficar linda.
Essa pequenininha não 'tá curtindo muito, é verdade, porque em boa parte do tempo a gente troca a atenção a ela pelo cuidado com os enfeites. Mas espero que, quando ela crescer, goste de ver as fotos e sinta que estamos fazendo pra marcar o carinho por essa data especial. Embora o neném não entenda que é aniversário, parece que o primeiro ano tem essa aurazinha que a gente sempre quer comemorar de uma maneira mais marcante.
Eu gosto de comemorar todos os aniversários, nem que seja só com bolo e parabéns. Na verdade, não sou muito fã de superproduções mesmo, só faço umas coisas mais elaboradas de vez em quando.
Mas no primeiro ano acho que vale a pena, mesmo que o neném não perceba a dimensão.
Então fica aqui o plano de voltar com fotos do cenário pronto, mais as outras gracinhas que pretendemos espalhar pela casa.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Memorial do Convento

Acabei de terminar o Memorial do Convento, do Saramago.
Há anos minha irmãzinha dizia pra eu ler, que era um dos melhores para ela, talvez o seu favorito, não lembro bem, mas por alguma obscura razão eu não dava bola pra esse livro.
Este ano, graças a mais uma recomendação dela, eu comprei. E li.
Bom, se é mesmo o favorito da Madi, ainda não pude confirmar com ela, mas é forte candidato a meu favorito, entre os Saramagos.
De verdade: estou balançadíssima entre ele e o Ensaio Sobre a Cegueira, que é um dos meus livros preferidos entre todos que já li, de qualquer escritor.

Estou tão impressionada que vim correndo escrever neste blog. Depois de mais de 4 meses!
Que a inspiração não me abandone, desta vez.
Tenho muito pra dizer, mas não agora. Agora vou voltar ao meu quarto e ficar ruminando essa sensação única que só alguns poucos escritores genais conseguem nos dar.
Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.