Eu sou uma pessoa de fé. Sério! Não só acredito em Deus mas tenho convicção de que ele é justo, bom, e que tudo na sua criação tem um propósito. Consigo encontrar explicação pra catástrofes e dores profundas que passamos, razões pra (tentar) aliviar meus (muitos) medos. Mas, sinceramente, não consigo entender a existência da barata!
Quando vi Deus é brasileiro pela primeira vez, no cinema, adorei. Achei divertido, o Wagner Moura ainda era estreante e não vilão da novela das oito, e ele 'tava engraçadíssimo! Da segunda vez, na tevê, já achei que aquele Deus não tinha nada a ver: presunçoso, orgulhoso de seus feitos, meio egoísta e até com um interessezinho físico pela garota. Tudo isso aí é com a gente, ser humano. Deus 'tá muito além dessas nossas coisinhas. Na verdade eu nunca gostei muito do que já pude ver do João Ubaldo. Li A casa dos budas ditosos e detestei. Não vi nada da noção de pecado que regia a série da Editora Objetiva, era só bandalheira sem a culpa e desejo de redenção que acredito que o pecado gere (não entendo muito disso porque nunca fui à igreja, onde imagino que expliquem esses conceitos).
Enfim, mas com uma coisa naquele filme, que nem sei se 'tá na história original do João Ubaldo, eu me identifiquei: a cena em que Deus e o Taoca estão viajando de ônibus, aparece uma barata e Deus pega o caderninho em que anota umas modificações que poderia fazer.
Eu, que me mantenho uma pessoa de fé e convicção na justiça divina, em vez de questionar, que é o que me dá vontade de fazer, procuro reafirmar pra mim mesma que, se tudo na natureza tem um propósito, a barata há de ter o seu, e eu é que sou ainda muito iniciante pra compreender. Mas por causa mesmo dessa incipiência, posso gritar toda vez que as malditas invadem aqui a minha sala, perto do meu computador (a despeito da dedetização recente): ODEIO BARATA!
2 comentários:
Hehehehe... Essa foi a maior volta que eu já vi alguém fazer pra dizer que odeia alguma coisa!
Beijo!
e eu odeio formiga :)
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