sábado, 31 de outubro de 2009

Momentaneamente paulistana

Depois de muito tempo, estou por uns dias em São Paulo. Em janeiro estive aqui, mas não perambulei.
Hoje, fui até a Liberdade e me decepcionei com a feira, que esperava que fosse muito de artesanato japonês e hoje tinha quase nenhum artesanato. Mas aí soube que o forte seria domingo. Em compensação, comemos num restaurante japonês e foi uma delícia. Comi vários sushis e sashimis, além de comidas quentes (uma anchova grelhada espetacular) até não caber mais. A conta saiu bem menor que em Brasília, como era de se esperar. Valeu muito.

Depois, na empolgação, andamos até a Praça da Sé e de lá subimos pela Brigadeiro Luís Antônio até a Paulista, passamos pela minha antiga casa (a casa onde morei mais tempo da minha vida, 8 anos com algumas interrupções), na alameda Santos, e continuamos pela Paulista até o hotel, na Pamplona.
Andamos por umas 2 horas e meia, muito bom.
Aí está o itinerário que fizemos.


Estou curtindo minha relação com São Paulo. Tenho relembrado coisas, mas sem sem melancolia. Só uma sensação boa de reencontro, sem nenhuma vontade de vir pra ficar. Bom mesmo é passear, especialmente no feriado. Mas pra morar, hoje meu lugar é Brasília.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

"Extremamente alto & incrivelmente perto"

Finalmente, acho que vou conseguir falar do livro.
Sabe esses livros (ou filmes ou discos) que ficam rondando a gente - alguém fala, lemos no jornal, outro compra e deixa à mostra -, até que a gente leia?
Esse foi assim.

Eu vi o filme Uma vida iluminada, baseado no primeiro romance de Jonathan Safran Foer (Tudo se ilumina) e logo depois vi uma matéria no jornal sobre o lançamento do segundo livro (Extremamente alto & incrivelmente perto).

Apesar de o próprio Safran Foer dizer que o filme era bem diferente do livro, eu tinha gostado da história e me interessei por ler o autor.

Uns tempos depois, meu irmão comprou e esqueceu de levar pra sua cidade. O livro ficou rondando na casa da minha irmã um tempão, e eu achei a capa bem interessante. Então me lembrei de que já tinha ouvido falar dele e já tinha ficado com vontade de ler.

De vez em quando lembrava de procurar. Tentei no Trocando Livros, por exemplo, mas não tinha (porque, na verdade, é muito novo pra isso).

Até que, em agosto, minha irmãzinha estava aqui em Brasília e disse, daquele jeito enfático bem próprio dela, que eu tinha que ler um livro. Era o tal.
Na livraria, ela mesma procurou e pôs na minha mão. Pediu pra eu ler só o primeiro parágrafo da orelha. E ela tinha razão: foi irresistível.

Comprei e li em uma semana, acho. Amei. É desses em que a gente não consegue parar de pensar quando não 'tá lendo.
O Oskar, personagem principal, é apaixonante.
A história consegue ser leve mesmo que o tema central seja tão dramático.
Aliás, a vida de todos os personagens é bem dramática, mas parece que isso não pesa tanto. É triste, mas tão comovente que a tristeza não atrapalha.

Eu quero ainda reler, mas acabei passando pro Rafael e depois pra Nessa, e a Júlia ainda tá na fila, então vou deixar pra reler depois.

Apesar de a Madi ter dito que não curtiu tanto o Tudo se ilumina (ou foi algum amigo dela), eu 'tou de olho nele também, porque, mesmo que a história não seja tão legal, eu gostei do estilo do autor. Já dei uma espiadinha na primeira página, dia desses lá na Livraria Cultura, e fiquei bem a fim.
Mas, por ora, 'tou de viagem marcada, com gastos fora do normal, e tenho que me dedicar um pouquinho aos trabalhos pro curso, então vou deixar pra comprar o livro mais adiante.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

House em sexta temporada

Pois é, o House. Começou a sexta temporada, que coisa. Nunca tinha acompanhado uma série assim, em tempo real (adoro essa expressão! O que ela significa, afinal?).

Do primeiro episódio, o grandão, não gostei muito. Nem parecia House. Se eles seguissem naquela linha, tinham que acabar a série. Além do mais, ficou com pinta daqueles delírios que já fizeram o House viver sei lá quantas vezes. Pareceu que só não fizeram isso porque ia ser muito manjado, sabe como é? Mas só ficou faltando a revelação?
Quando ele entra no ônibus, eu fiquei esperando aparecerem a Amber e o Kutner, um de cada lado!

A partir do segundo episódio, porém, aí ficou maneiro de novo. Voltou o tom.
Eu 'tou gostando mais do que quando começou a quinta temporada. Era muito sinistro, meio exagerado pro lado trash, lei lá. Ontem mesmo tava passando o segundo episódio na Universal, um em que morrem várias pessoas que tinham recebido transplante de um mesmo doador. Argh, era muito esquisitão, não gostei nem um pouco. E ainda não aparecia o Wilson, tava horrível.

Na temporada atual tem uns conflitos pesadões, mas mais realistas, que têm mais a ver com a série toda.
E, afinal, parece que vão mesmo fechar com a equipe original. Até que ficou boa a solução que deram pra ela voltar. Eu achei até que a outra durou muito. Sempre ficava com a impressão de que ainda era temporária.

Minha dúvida é se vão sustentar o House ex-drogado. Será que ele aguenta? Por enquanto, continua tão ácido quanto antes, mas tem que ver no que vai dar, né?

Até que é bom esse negócio de acompanhar uma série episódio a episódio. Esse gostinho de quero-mais não é tão ruim assim.

Mas tou procurando mais umas pra viciar também e ocupar os outros dias da semana.
Como se não tivesse mais nada que fazer na vida, heim?

Presente pra mim

Ontem na Livraria Cultura, quando fui comprar o presente de Dia das Crianças das meninas (atrasado mesmo), vi isto aqui e achei que seria uma ótima ideia de presente... pra mim mesma. Quem mais eu conheço que se amarraria em ganhar um desses? Pelo menos que não tivesse preguiça das receitas em inglês? Se eu lembrar até o Natal, já sei onde achar.
Procurando pela Amazon, vi que também existe este aqui.
Ai, ai, ai... Já pensou em uma receita por dia?? Ou uma de crochê e outra de tricô?
Ia ficar louquinha.
Como se eu já não tivesse ideias demais na fila!

Na rede, uma análise bem racional do Crepúsculo

Hoje, depois de muito tempo, bateu a insônia. E, fuçando por aí (em vez de trabalhar no pré-projeto de monografia), acabei achando este post que faz uma análise racional e bem mercadológica do Crepúsculo.
Legal é que muito do que ele fala eu tinha percebido intuitivamente, mas, por falta de conhecimento sobre todos esses "requisitos" para um shojo (que eu nem sabia também o que era, diga-se), não saberia pontuar nada disso.
O que gostei dessa análise é que ela põe num plano menos relevante a minha principal crítica ao livro, que era justamente o fato de ter sido feito pra um público bem específico.
E é bem verdade que a Meyers melhora ao longo de toda a série. Embora ainda não seja meu tipo preferido de autora essa que não corre riscos, é evidente que a narrativa fica bem mais estruturada nos dois últimos livros.

Por fim, gostei do Sedentário&Hiperativo, que descobri num email que o Rodrigo me mandou: aquele meu amigo ligadíssimo na internet. Mais uma boa companhia pras noites de insônia, ainda que mais raras.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Bolsa de crochê

Finalmente terminei a minha bolsa de crochê, baseada no tão falado modelo Dublin do estilista Gerard Darel.
Sei que pra quem fuça blogs que falam de crochê, essa bolsa já tá bem manjada, mas, se de início eu não dei muita bola pra ela, achei meio exagerada, com o tempo fui ficando interessada.
Espalhadas pela internet, há várias receitas e até gráficos. O problema é que, quando já tinha até começado a fazer, reparei que o desenho não era simétrico como o da bolsa original.
Perfeccionista que sou, cismei de fazer igual. A Júlia me ajudou e, enquanto olhávamos as fotos várias vezes, contamos as carreiras e fizemos um gráfico em papel quadriculado, que corrigimos sei lá quantas vezes até ficarmos satisfeitas com o resultado.
Transpus essas informações pra uma receita escrita, que achei mais fácil de seguir no caso de um trabalho tão grande e detalhado.
Depois disso, já ao tecer, ainda desmanchei e recomecei outras tantas vezes, como acontece com todo trabalho manual.
Tem gente que tece a bolsa circularmente, e eu ia fazer isso, mas o desenho ficava comprometido, não preservava a textura própria do crochê em carreiras de ida e volta.
Enfim, achei o caminho e fiz a parte de crochê em mais ou menos duas semanas, intercalando com outros trabalhos.
Mas aí veio todo o acabamento: forro de tecido (quis um bem contrastante e com desenho bacana, pra dar charme), pingentes, cordões e as benditas alças, que queria comprar prontas mas não encontrava em tom parecido com o da minha linha.
Por fim, acabei fazendo as alças eu mesma, de courino.
Ainda pus por dentro um bolso para celular, que inventei no padrão da bolsa, com uma bola no meio, e uma corrente para prender chaveiro, como as que existem nas bolsas da Uncle K, ideia que acho fantástica.

Enfim, o resultado final está aí nas fotos. Usei agulha de crochê de 4 mm e a linha Natural, na cor ferrugem. Minha primeira escolha seria verde, mas o armarinho não tinha. Como quase tudo que tenho é verde, fiquei bem feliz com a cor da bolsa. É diferente, combina com muitas coisas e foge do meu habitual.
Vou dar uns toques finais na receita, digitalizar o gráfico e postar depois. Vai que alguém tão obcecado com simetria como eu se interessa...
Aproveito e dou também o caminho das pedras pra fazer as alças, que me deu um trabalhão descobrir.


Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.