terça-feira, 28 de abril de 2009

A tal da Misteriosa Chama

Enfim, terminei o livro do Umberto Eco que, surpreendentemente, não achei bom.
Como já disse algumas vezes, tinha abandonado A Misteriosa Chama da Rainha Loana por outros livros (na época, acho, a releitura do Ensaio sobre a Cegueira.)
Quando retomei, uns dias atrás, fiquei surpresa, porque poucas páginas depois ele ficava interessante.
"Se eu tivesse tido um pouquinho mais de paciência...", pensei.
Ilusão. Outras poucas páginas depois, ele ficava chato de novo.
E, mais adiante, até que se mostrava mais uma vez interessante. Verdadeiramente interessante.
Mas é pouco, logo o livro acaba, e o final também não é lá essas coisas.
De qualquer modo, 'tou feliz por ter terminado. É ruim essa sensação de abandonar o livro de alguém que a gente admira tanto, apesar de uma escorregadinha dessas.
Em aparente paradoxo, agora fiquei ainda com mais vontade de ler o Baudolino e A Ilha do Dia Anterior. Este tenho que comprar ou pegar emprestado de novo, mas o outro sei que temos em casa. No entanto não achei, deve estar emprestado.

Nesse meio tempo, também fiquei curiosa pra ler Benjamim e Budapeste, do Chico Buarque.
Apesar de não ter gostado muito do Estorvo, seu romance de estreia, por ter achado uma tentativa frustrada de criar uma história à Rubem Fonseca - lembrou muito o Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos -, ao ler a reporatgem biográfica do Chico fiquei interessada nos outros dois romances dele.
'Tou me segurando pra não ir à Livraria Cultura comprar todos esses, e mais uns dicionários que trazem já a nova ortografia. Adoro aquele lugar, e, com essa brincadeira toda de festa de aniversário, os gastos extras do mês já foram todos usados. Então devo evitar a visita por algum tempo.
Vou garimpar minha estante mesmo, que tem ainda muitos volumes na fila, inclusive alguns saramagos.

Estou feliz com o rendimento da leitura neste ano. Já são oito livros em quatro meses, uma boa média pra quem tem neném em casa e um mundo de ideias malucas pra pôr em prática. Que bom que, magicamente, o tempo tem rendido pra essas vontades todas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tati, eu tenho Benjamin e Budapeste. Nunca li. Se vc quiser eu te empresto, assim a gente se força a marcar alguma coisa!
Beijos

Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.