segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

"House"

Eu não tenho sido muito de TV. Mesmo dos canais a cabo, que pusemos em casa há mais ou menos um ano e meio, mais por causa da Internet, pouca coisa me interessa.
Acho bom, porque sei o quanto televisão pode ser viciante, e sempre me incomodou ficar muito tempo a sua frente, naquela passividade que beira a patologia.
Mas uma boa descoberta foi o House.
Gostamos tanto dos esparsos episódios que víamos nas tardes de sábados ou nas madrugadas de insônia, que pegamos as temporadas anteriores.
Já vimos toda a primeira e alguns episódios da segunda.
É muuuuito bom!
Gosto da mistura de mote bem sério, com todas aquelas doenças malucas, graves e potencialmente fatais, com a ironia oriunda do próprio personagem principal, sarcástico como poucos.
Por isso mesmo é um personagem tão rico. Genial em sua técnica mas sem qualquer habilidade pra lidar com as pessoas, menos ainda com seus sentimentos.
Por outro lado, algumas atitudes suas mostram interesse pelo bem-estar dos outros. E quase todas vem seguidas de um comentário ácido, que faz parecer que o interesse era só pela história em si, o tal quebra-cabeça que todo mundo sempre menciona.
Conheço um cara assim. Claro que este não faz nada tão genial como comandar um departamento de diagnóstico que só atende a casos complicadíssimos, com médicos especialistas que têm à disposíção todo tipo de máquinas e parafernália pra fazer qualquer exame que se pense.
Mas é um cara de mente brilhante, bom no que faz, e que não tem paciência pra lidar com os sentimentos alheios. E os próprios, claro, nos quais às vezes se afunda feio.
Interessantes essas pessoas. Muita gente não as suporta, algumas aprendem a gostar delas.
Eu aprendi, mas, de fato, não sei se suportaria conviver intimamente com alguém assim.
Como disse a ex-mulher do House, num episódio desses, ela o ama e admira muito mais que ao atual marido, mas não pode voltar pra ele, com quem se sentia sempre solitária.
Enfim, é uma série bem interessante, porque a seqüência em torno da vida dos personagens fixos não é o mote central dos episódios, mas de qualquer modo proporciona boas reflexões sobre a natureza humana.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tati, gosto muito do House também, mas addddooooorrrrroooooooo o C.S.I., o original mesmo que se passa em Las Vegas... A oitava temporada estréia na segunda, às 20horas no AXN. Tento não perder nenhum capítulo. Já assistiu? Gostou? Vai assitir na segunda? kkkkkkkkkkkkkkkkk
Fabiana

Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.