quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

"O Amor nos Tempos do Cólera" no cinema

Ontem vimos o filme "O Amor nos Tempos do Cólera". Tem algumas coisas bem mal feitas, mas no geral gostei do resultado. Fotografia bonita, história bem amarrada, sentimentalismo, humor e amostra da realidade latina bem dosados.
O livro foi o primeiro que li do García Márquez, e isso já faz mais de vinte anos (!). Adorei e apaixonei-me pelo autor, que se tornou um dos que mais li em toda a vida.
Mas não lembro os detalhes e não pude comparar filme e livro. Meu marido, que leu recentemente, sentiu falta de muitos detalhes, mas também gostou do filme.
Dura é a péssima tentativa de envelhecimento da atriz principal e rejuvenescimento do ator. Muito mal feitos. A mulher, no enterro do marido, fica nitidamente mais jovem que os filhos.
Além disso, ela, a despeito de ser belíssima, bem ao estilo da personagem do livro, não é boa atriz.
O cara, por outro lado, é muito bom. Aliás, os dois.
Outra coisa ruim é o filme ser falado em inglês, mas por atores cuja língua materna não é essa. Imagino que uma produção americana não poderia admitir um filme falado em espanhol. Paciência, mas o inglês macarrônico ficou difícil de engolir, pelo menos nos primeiros momentos, até o ouvido acostumar.
De qualquer maneira, apesar dessas falhazinhas de produção, o filme ficou muito bom.
Gozado é que eu já tinha começado a reler o livro, que minha filha Graúda ganhou de presente de aniversário ano passado, e agora fiquei com mais vontade ainda de terminar. Depois digo das minhas novas impressões, e das antigas.

Um comentário:

Rafael Lago disse...

Adorei o filme. Principalmente por que assisti com minha amada, coisa rara ultimamente. Mas o pior, na minha opinião, foi a nossa "Dama" Fernanda Montenegro. Mais uma vez ele fez o mesmo papel de velha doida que sempre faz. Canastrona...

Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.