terça-feira, 15 de março de 2011

Documentário fraco ou cinema chinfrim?

Coisa raríssima nos últimos anos, semana passada fui ao cinema duas vezes!
E ainda vi uma penca de filmes em casa. É bom, claro, mas eu sinto muita falta de cinema. Gosto demais, e nem me importo que seja caro. Se bem que, confesso, se o filme é ruim - ou mesmo o cinema - dá uma raiva de ter desperdiçado. Não o dinheiro, mas a oportunidade! Isso aconteceu há umas duas semanas, quando fomos ver José e Pilar no Liberty Mall. Não escolhi não, é que era o único lugar em que tava passando. O cinema é tão ruim, mas tão ruim, mas tão ruim, que até hoje não sei se o documentário é bom ou não. Minha tendência é de achar que não, mas não sei se foi pela péssima qualidade do som e da imagem, a luz horrível que deixava o filme todo escuro, o desconforto absurdo das cadeiras ou se é porque o filme é ruim mesmo.
O fato é que me decepcionei. Achei que tinha pontos bem mais interessantes pro diretor ter valorizado, além da rabujice geral tanto de Saramago quanto de Pilar del Rio. No fim ficou meio sem foco, sem objetivo.
Na verdade, também li uma das biografias do Saramago que ganhei no ano passado, e o negócio é o seguinte: saber da vida do escritor não faz muita diferença. No caso específico, só é bom acompanhar as atuações políticas que ele manteve ao longo de toda a vida, que foram marcantes e têm influência na sua obra. Fora isso, o período de pesquisa para Levantado do Chão, numa convivência com lavradores numa área rural, que foi de onde germinou a linguagem bem peculiar de Saramago. Isso eu achei bem legal saber. De resto, conhecer como ele viveu não mudou meu jeito de lê-lo. Pelo visto eu sou mesmo fã é dos escritos, mais que do escritor.

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Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.