quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Tricô e livros

Acabei de receber isto aqui:



Tinha comprado da Cultura on line, e, como são importados, demoraram um tempão pra chegar. 'Tou tão feliz!
É que eles têm uma história, e ela é assim: há pouco menos de 2 anos (eu ainda 'tava grávida da Raquel), ganhei da minha amiga Dani esses dois volumes da coleção Vogue Knitting On the Go, um conjunto de livrinhos que cabem na bolsa e têm receitas maneiras:



Na época, folheei os livros, achei lindos, mas acabei não os usando, porque estava de mal do tricô. Já tinha tentado fazer várias coisas e não saía do cachecol mais ou menos.
Meu principal problema era quando eu errava; não conseguia identificar o erro, só ia ver várias carreiras depois e o trabalho ficava todo torto. Pra piorar, eu não conseguia consertar, porque não tinha entendido a lógica do tricô.
Embora tivesse amado os livros, pouco tempo depois fiquei com uma certa dor na consciência por achar que nunca ia poder usá-los e que a Dani teria feito melhor se os tivesse dado pra outra amiga menos atrapalhada com tricô.
Com o tempo, porém, eu comecei a lembrar de como eu era péssima no crochê, também, apenas alguns anos atrás. Era do mesmo jeito: os negócios ficavam tortos e eu nem sabia por que isso tinha acontecido. Não prestava atenção no que fazia, não entendia direito o desenho dos meus trabalhos. Mas em pouco tempo (uns 2 ou 3 anos?) eu já estava fazendo coisas bem bacanas e até inventando outras (vide as árvores de Natal). Já conseguia até olhar um trabalho e copiar, sem receita ou gráfico.
Então pensei que, se consegui isso com o crochê, também poderia conseguir com o tricô. Era só uma questão de insistir, fazer muito até meu cérebro processar a lógica do tricô e eu ser capaz de reconhecer onde e como tinha errado, além de consertar, claro. Pra mim a gente domina o básico de uma técnica quando percebe que errou e sabe arrumar.
Pois bem, fucei um monte de blogs de tricô, achei tutoriais fantásticos em vídeo (santo YouTube!) e aprendi o básico.
Até ensinei prumas amigas do trabalho, nas nossas horas de folga, e algumas também se amarraram no passatempo mais que útil.
Enfim, eu podia retomar meus livrinhos queridos. Ainda tinha o problema de eu não dominar bem o inglês, especialmente o vocabulário de tricô. Mas, de novo, o Pai do Burros moderno me deu a solução. Com uma pesquisinha rápida achei vários glossários de termos de tricô e crochê, de inglês pra português.
Pois bem: um mundo novo se abriu pra mim com a simples decisão de enfrentar o tricô. Aliás, mais de um: o do tricô em si e o do inglês, com toda infinidade de receitas, revistas, blogs espalhados pelo mundo afora. Bendita Internet!
De posse de todos os requisitos pra decifrar meus livrinhos, descobri que são perfeitos: as receitas mais bem explicadas que já vi, com todos os detalhes, tamanhos, amostras, tudo o que uma tricoteira precisa pra fazer um trabalho muito bem feito.
É por isso que, embora eu já tenha visto outras publicações interessantes, fiquei fã incondicional dos livros e revistas da Vogue.
Pra experts e iniciantes, é sucesso garantido.
Valeu, Dani, mais uma vez agradeço. Agora você sabe o quanto amei os presentes!

Um comentário:

Daniela disse...

Que coisa boa saber disso! Sabe que eu lembrei desses livros um dia desses e fiquei na dúvida se tinha te dado ou tinha vendido pro sebo. Eu lembrei pq andei comprando de novo uns livros que não sei se vou usar, hehehe...
Quero ver suas artes! Tou curiosa...
Bjos!

Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.