Terminei Quando Nietzsche chorou.
Todo mundo falou tanto sobre esse livro, e o filme fez tanto sucesso, que fiquei curiosa. Embora, normalmente, eu seja meio reticente quanto a best-sellers. Mas gostei do livro.
Pelas informações históricas que aparecem no final, até que o autor criou um romance interessante, bem verossímel.
Claro que, pelo pouco que eu sei, nenhuma análise faria tanto efeito em um tempo tão curto, mas no contexto faz sentido e, de qualquer modo, serve ao fim a que se pretende o autor, se não me engano, que é criar uma possível história da invenção? descoberta? desenvolvimeno? da psicanálise.
É uma ciência que já existia e só esperava que alguém a organizasse ou foi mesmo criada? Meu conhecimento é muito pequeno pra me afundar nessas dúvidas, dá até preguiça!
De volta ao livro, só fiquei meio decepcionada com a presença do Freud na história. Talvez por causa da minha ignorância, eu achei que ele teria uma participação bem mais ativa na coisa toda... Enfim, um dia, talvez, eu estude mais sobre isso.
Deu vontade mesmo de conhecer Nietzsche, que um amigo meu já lia aos 19 anos! Se entendia, eu não sei, mas, vamos e venhamos, é considerável pelo menos o interesse, né? O mais fundo que eu ia na cultura, nessa época, era Machado de Assis, acho. Literatura, apenas. Pela filosofia, ainda hoje nunca me aventurei... Não me acho investigativa o bastante, mas todo mundo muda. Quem sabe?
Uma coisa legal desse exemplar que li é que foi emprestado da minha comadre, e ela fez várias anotações às margens do livro. É interessante ler um livro anotado, porque você vê que o que chama atenção dos outros nem sempre - ou quase nunca - é o que chama a sua.
Mas anotar nos livros é uma coisa que nunca fiz. Acho que tenho pena de marcá-los, mas também imagino que, se o fizer, vou interferir na leitura do próximo que o tiver nas mãos, porque sou fatalmente atraída pelas marcas que outro fez. Será que isso é bom? Ainda não consigo definir uma posição. Às vezes ajuda a leitura alheia, às vezes limita... Talvez dependa mesmo do livro, não sei bem.
De qualquer modo, quando escrevo ou falo das minhas impressões, não acabo fazendo isso? Só não as deixo lá, no próprio objeto, mas de alguma maneira não influenciamos alguém quando falamos do que lemos ou vemos ou ouvimos?
Nenhuma leitura é, afinal, isenta da interferência dos outros.
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