O lance é que, além de toda a correria própria de dezembro, principalmente porque é o mês em que eu mais trabalho, nesta semana tivemos incidentes desagradáveis aqui em casa.
Nosso carro, um Kadettezinho de 1997 (!) foi roubado da porta da nossa casa, na madrugada de segunda para terça.
Um saco! Dá até uma dor no estômago, parece mentira mesmo, a gente custa a achar que é real.
Boletim de ocorrência e tal, no dia seguinte ligam da polícia pra dizer que tinham achado o bendito.
Alegria fugaz, pois que o bichinho estava todo queimado. Tiraram tudo o que tinha dentro e queimaram a carcaça.
E ainda a polícia disse que meu marido tinha de ir até lá (lááááá longe onde acharam o carvão) pra buscar nem que fosse o pedaço do carro que continha o número do chassi, pra levar ao Detran e dar baixa. Buscar é modo de dizer, né: arranjar um serralheiro que cortasse o pedaço.
Ele disse que o lugar era longe pra burro, mas muito mesmo. "Entre o nada e o lugar nenhum", nas palavras dele. E eu acrescento: mas num "entre nada e lugar nenhum" usado por bandidos pra desovar o resto do produto dos seus roubos!
Pra completar, no final do dia meu maridinho foi empurrado na saída do trabalho e levaram seu telefone celular, que eu tinha lhe dado de presente de aniversário. Um bem legal, que ele queria muito, e eu pensei um tempão se compraria, porque, afinal, não foi muito barato. Mas ele merecia, ficou tão feliz, valeu a pena.
Enfim, eu sei que de início dá muita raiva de ladrão. Pô, a gente trabalha pra caramba pra comprar um troço qualquer e vem um sujeito e leva, assim sem mais nem menos.
Eu até que tenho um trabalho tranqüilo, mas meu marido rala pra caramba, faz umas 12 horas de trabalho por dia, no geral, sem contar os dias em que entra a madrugada.
Aí vem um cara e leva o que a gente consegue comprar com o fruto desse trabalho? É sacanagem.
Mas, sério, pior é a polícia ficar rindo do dono do carro, porque "não sobrou nada, haha!" Por favor, né?!
E ainda largar o cara lá no meio do cerradão e dizer pra não demorar muito lá. Que não podiam ajudar porque tinham muito o que fazer. É mesmo? O que, por exemplo? Porque ajudar a combater o roubo é que parece não ser, né?
E pior ainda é receber um cartão de Natal do Sr. Digníssimo Governador, pra dizer que chegou a hora de celebrar a paz, depois de um ano de muito trabalho. E desejar feliz Natal e ótimo ano novo.
Ora, Sr. Governador! Claro que meu Natal não será triste por causa de um carro a menos, que, graças a Deus, eu e minha família valorizamos muito o que temos de precioso, que não são as nossas coisas.
Mas que ele seria mais legal se V. Exa. tivesse cumprido a promessa de garantir segurança aos moradores do DF, e meu carro não tivesse sido roubado, e meu marido tivesse umtelefone pra nos comunicarmos quando saímos de casa, isso seria, né?
No próximo ano, que tal economizar o (certamente não pouco) dinheiro dos cartões de Natal e usá-lo em ações reais de segurança?
Eu e todas as vítimas de roubo do Distrito Federal agradeceremos!
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