
Toda essa história da morte de Cory Monteith quebrou pra mim o encanto de Glee.
Ok, posso até soar como uma adolescente ingênua que acredita na ficção. Mas não é bem isso. Em quatro anos, já vi alguns depoimentos de fãs de Glee que se reconhecem naqueles personagens, naquelas histórias, nas dificuldades dessa idade, nas alegrias de se descobrir único e se valorizar por isso. Eu mesma tenho certa dificuldade de entender toda essa paranoia de loser e winner dos americanos, especialmente na high school. Mas me comovo com o diferente que cada vez se sente mais seguro pra se mostrar tal como é.
Glee deveria ser inspiradora. Aparentemente é isso que é pro público. Por que não foi capaz de ajudar um dos caras que estava dentro de todo esse trabalho? Como é que esse cara termina esta vida sozinho num quarto de hotel, bebendo e usando heroína? Como é que ninguém pôde fazer nada pra impedir isso?
É triste e, de certa forma, desencantador.
Tenho revisto os primeiros episódios da primeira temporada. Um monte de referências a drogas, ligadas ao personagem Finn. Será que já sabiam disso tudo? Se o trabalho começou em 2009, talvez. Então fazer piada com isso é o certo? Se não sabiam, foi tudo casual?
Nem sei se quero continuar a ver, na próxima temporada. Além de toda a tristeza própria do fato em si, esse algo que fazia de Glee uma série especial pra mim, mesmo nos meus 40 e tantos anos, parece perdido.
Tomara que não, mas...