sexta-feira, 19 de julho de 2013

Desencanto


Toda essa história da morte de Cory Monteith quebrou pra mim o encanto de Glee.
Ok, posso até soar como uma adolescente ingênua que acredita na ficção. Mas não é bem isso. Em quatro anos, já vi alguns depoimentos de fãs de Glee que se reconhecem naqueles personagens, naquelas histórias, nas dificuldades dessa idade, nas alegrias de se descobrir único e se valorizar por isso. Eu mesma tenho certa dificuldade de entender toda essa paranoia de loser e winner dos americanos, especialmente na high school. Mas me comovo com o diferente que cada vez se sente mais seguro pra se mostrar tal como é.
Glee deveria ser inspiradora. Aparentemente é isso que é pro público. Por que não foi capaz de ajudar um dos caras que estava dentro de todo esse trabalho? Como é que esse cara termina esta vida sozinho num quarto de hotel, bebendo e usando heroína? Como é que ninguém pôde fazer nada pra impedir isso?
É triste e, de certa forma, desencantador.
Tenho revisto os primeiros episódios da primeira temporada. Um monte de referências a drogas, ligadas ao personagem Finn. Será que já sabiam disso tudo? Se o trabalho começou em 2009, talvez. Então fazer piada com isso é o certo? Se não sabiam, foi tudo casual?
Nem sei se quero continuar a ver, na próxima temporada. Além de toda a tristeza própria do fato em si, esse algo que fazia de Glee uma série especial pra mim, mesmo nos meus 40 e tantos anos, parece perdido.
Tomara que não, mas...
Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.