terça-feira, 15 de março de 2011

Filmes novos e velhos - parte 1

E nessas andanças pelo cinema, vi dois filmes da moda.

O Cisne Negro achei fantástico, filmaço mesmo. Mais incrível ainda por ser um roteiro já bem manjado e previsível. O que, aliás, o diretor avisa logo no começo, pela voz do personagem Thomas, o coreógrafo da companhia de balé, quando diz que quer montar o clichezíssimo Lago dos Cisnes, mas de forma totalmente nova, "visceral". O que engrandece mesmo o filme é justamente a direção, que é incrível, e o trabalho da Natalie Portman, consequência daquela, claro. Todo mundo sabe que muitas vezes o Oscar não premia o melhor e mesmo o bom, mas neste caso, temos de concordar, eles tiveram razão. Premiaram um trabalho de primeira, maduro, inimaginável praquela atriz querida mas sempre boazinha, meiga, quase ingênua - sempre cisne branco - que ela sempre foi. Até aí a escolha do diretor foi acertadíssima, não? Pegou a atriz certa pra gêmea boa da peça e exigiu dela o inesperado trabalho que é o da personagem (sempre "sweet girl" da mãe frustrada) de encontrar o cisne negro dentro de si. Pena que pra isso tenha sido necessária tanta loucura, tadinha.
Mas Natalie Portman deu conta do desafio com perfeição. A guria tá sempre tão tensa que a sobrancelha dela praticamente não abaixa o filme todo. Até o sorriso da bichinha é tenso, incrível.
Imprescindível ver mesmo no cinema, pra deixar a tensão tomar conta da gente. Esse clima, só mesmo com somzaço, luz nenhuma e tela gigante. E sem interrupção.

Documentário fraco ou cinema chinfrim?

Coisa raríssima nos últimos anos, semana passada fui ao cinema duas vezes!
E ainda vi uma penca de filmes em casa. É bom, claro, mas eu sinto muita falta de cinema. Gosto demais, e nem me importo que seja caro. Se bem que, confesso, se o filme é ruim - ou mesmo o cinema - dá uma raiva de ter desperdiçado. Não o dinheiro, mas a oportunidade! Isso aconteceu há umas duas semanas, quando fomos ver José e Pilar no Liberty Mall. Não escolhi não, é que era o único lugar em que tava passando. O cinema é tão ruim, mas tão ruim, mas tão ruim, que até hoje não sei se o documentário é bom ou não. Minha tendência é de achar que não, mas não sei se foi pela péssima qualidade do som e da imagem, a luz horrível que deixava o filme todo escuro, o desconforto absurdo das cadeiras ou se é porque o filme é ruim mesmo.
O fato é que me decepcionei. Achei que tinha pontos bem mais interessantes pro diretor ter valorizado, além da rabujice geral tanto de Saramago quanto de Pilar del Rio. No fim ficou meio sem foco, sem objetivo.
Na verdade, também li uma das biografias do Saramago que ganhei no ano passado, e o negócio é o seguinte: saber da vida do escritor não faz muita diferença. No caso específico, só é bom acompanhar as atuações políticas que ele manteve ao longo de toda a vida, que foram marcantes e têm influência na sua obra. Fora isso, o período de pesquisa para Levantado do Chão, numa convivência com lavradores numa área rural, que foi de onde germinou a linguagem bem peculiar de Saramago. Isso eu achei bem legal saber. De resto, conhecer como ele viveu não mudou meu jeito de lê-lo. Pelo visto eu sou mesmo fã é dos escritos, mais que do escritor.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Quando eu crescer

Quando crescer quero ser assim. A Tati - Perolada - escreve deliciosamente.
E tá firme no Vigilantes do Peso, perdendo os quase 25 quilos que eu preciso tanto perder. A esta hora eu devia estar na cama, dormindo, mas a insônia tá me perseguindo de novo, e vim aqui ler a xará pra me inspirar.
Já que nunca vou fazer deste blog algo tão maneiro quanto aquele, quem sabe eu pelo menos não pego firme na disciplina, no Vigilantes e na meditação? Que já não guento mais carregar este peso todo, no corpo e na mente.
Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.