sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Leiturinhas

Consegui terminar "1984" e "O Africano". Quase dois partos, pra ser bem honesta. Depois falo deles mais em detalhe.
A motivação pra lê-los foi diferente, claro. O primeiro, porque achei meio absurdo nunca ter lido esses clássicos de ficção - "1984" e "Admirável Mundo Novo" - que são comentadíssimos e volta e meia servem de referência pra muita gente. Ainda vou terminar a tarefa, já comprei o Admirável Mundo Novo (pelo Estante Virtual, aliás - ótima descoberta), mas ainda tem outros na fila.

"O Africano" ganhei de presente no meu aniversário, imagina, em janeiro! Num pacote com outro livro de Le Clézio, de quem, confesso, nunca tinha ouvido falar. Meu cunhado escolheu porque o autor havia recebido o Nobel de Literatura. Eu, na minha ignorância, só pude agradecer pela ajuda pra diminuí-la um pouquinho, fazer o quê?
Gostei de ter conhecido e de agora saber um pouco de quem se trata. Não gostei tanto do livro. Mas isso fica pra uma outra vez.


Em compensação, comecei a ler "A Sombra do Vento", de Carlos Ruiz Zafón, de quem eu também nunca tinha ouvido falar. Mas uma amiga querida também amante da literatura me disse que tinha curtido e me emprestou. Ela mesma comprou numa livraria de aeroporto, porque tinha gostado do título.
Pois tou amando. Ainda estou mais pro começo - no primeiro terço do livro, mais ou menos - e sei que é arriscado elogiar um livro antes de terminá-lo, mas desde a trilogia Millennium que eu não pegava uma história que me desse vontade de ler a qualquer hora do dia, em qualquer lugar, e não apenas nos "horários e lugares já destinados habitualmente à leitura", se é que posso chamar assim.
Este, porém, é mais poético do que os Millennium. Não é só a história e o mistério que prendem, mas os personagens, que são muito ricos e interessantes, e a linguagem, que é mais lírica, pode-se dizer. Afinal, trata-se de uma história sobre um livro fantástico (o que é quase um trocadilho), com personagens envolvidíssimos com livros em geral (colecionaddores, donos de sebos e de livrarias, amantes, enfim...).
Só por isso já me valeria, não?
Mas vamos ver no que dá.
Depois dou meu veredicto final. (Existe veredicto não final? De qualquer modo, deu pra entender o que eu quis dizer, não?)
P.S.: segundo o dicionário on line de português, dizer veredicto final é possível, sim. Ok, então, já que estou com preguiça de abrir o dicionário "de verdade" que tá ali na estante.
Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.