sábado, 18 de julho de 2009

"Crepúsculo" em versão cinematográfica

Então, né, a Júlia e o Igor, amigo dela, dizem que sou louca, mas, depois que finalmente vi o Crepúsculo no vídeo, sabe que eu gostei muito mais do filme?
Claro que pode ser porque eu não gostei muito do livro, então fica fácil, ri ri ri.
Mas a verdade é que eu achei que foi um filme bonito, com boa trilha, bem feito, que valorizou o clima da história e, principalmente, a personagem principal.
Nos livros, eu achei a Bella uma chatinha, reclamona e sem graça, como ela mesma se acha, talvez, já que é a narradora principal.
No filme, a diretora a fez interessante, muito bonita e diferente das outras meninas, como provavelmente seria uma garota que despertaria tal paixão num cara como o cansativamente perfeito Edward.

No mesmo fim de semana em que vi o filme, terminei o Amanhecer. Talvez sob influência do filme, talvez porque o livro seja melhorzinho mesmo do que os outros, eu até gostei.
O que me irritou mesmo foi aquela pataquada de que ser vampiro é o máximo, porque a pessoa fica muito mais ágil, forte, bonita, sensível e capaz de tudo o que quiser.
Vamos combinar, né? Desde que o mundo é mundo e essa lenda apareceu, ser vampiro é uma das piores maldições que poderia sofrer um personagem qualquer!
É de matar essa autora ser tão tomântica que nem se preocupa mais em levar isso em consideração.

Mas ok, ela até que resolve bem alguns conflitos, explica as coisas, ficou legal.

Lógico que não é uma leitura tão emocionante quanto um Harry Potter, por exemplo. Quero dizer, mesmo que ela crie um momento de clímax bem tenso, com um monte de vampiros ambiciosos e inescrupulosos ameaçando acabar com todos os sanguessugas do bem, a gente sabe que não vai morrer nenhum personagem importante, que tudo vai acabar cor-de-rosinha.
De fato, ali o felizes-para-sempre é pra sempre mesmo, já que todos são imortais.
A gente saca desde o começo que a autora não vai comprometer a felicidade do seu público principal - as meninas românticas - e não vai matar nenhum galã ou mocinha. Aliás, nem um amigo ou parente próximo deles.

Não é como ler Harry Potter e as Relíquias da Morte, por exemplo, em que desde o comecinho você fica tenso porque sabe que a autora pode fazer o maior massacre e matar um bocado de personagens queridos.
Até o Harry Potter ela era capaz de matar. Eu nunca achei que de fato o fizesse, mas que ela era capaz, isso acho que era. E ficaria bem coerente com a história, caso fosse o único jeito de acabar com o Voldemort.

Enfim, no fundo, quando eu comecei a ler o Crepúsculo, tinha uma vaga esperança de encontrar outra história tão boa e empolgante quanto a do Harry Potter.
Doce ilusão!
Mas deu pra distrair, trouxe alguma diversão e, no final das contas, já não acho tão ruim quanto achei no começo.
Ainda não acho fantástico, como os meninos todos por aí - e as meninas, principalmente -, mas achei divertido.

Agora, o que eu queria mesmo era que aparecesse outro harry potter pra prender a gente por alguns anos, uma história - fantasiosa ou não, não importa - que fizesse a gente esperar pelo próximo volume, que criasse essa comoçãozinha a cada novidade, que tomasse muitas horas de debates e especulações entre os grupos mais variados...

Ando sonhando com algo assim. De preferência pra ler, claro, mas se fosse outra série de tv, por exemplo, tão cativante quanto Friends, eu também não ia achar ruim.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Os Budapestes

Li Budapeste e assisti ao filme de mesmo nome.
Mesmo nome, mas não mesma origem. Recuso-me a associar.
Assim: gostei muito do livro! Minha impressão de Chico Buarque escritor não era nem de longe a mesma que tenho dele compositor.
Eu não tinha gostado do Estorvo, tinha achado forçado, pouco original.
Mas esse Budapeste foi uma surpresa boa. Tudo bem que eu nem sempre gosto dessas histórias contadas de modo vertiginoso. Também não são assim muito originais.
Mas nesse caso fluiu muito bem. E adorei o mote: apaixonar-se por um idioma. Pô, eu adoro essa coisa de aprender idiomas (embora ainda não tenha aprendido muitos... saber mesmo só sei o meu, e olhe lá...), então me identifiquei com esse lance meio maníaco do personagem.
Claro que não gostei muito de ele ser tão desapegado da mulher e do filho. Mas parece que a gente tende a relevar a canalhice de personagens de ficção, afinal.
De qualquer modo, achei uma leitura gostosa e fácil.
E o final é fantástico. O rolo todo do amor das mulheres dele pelas obras, não pelos autores: gostei muito!

Daí que, ingênua, fiquei toda animada pra ver o filme no cinema.
Santa ilusão!
Um dos piores filmes que já vi na vida.
O que é aquele ator, meu Deus!
De onde tiraram um cara tão ruim?
Aliás, só salva mesmo a húngara, talvez porque a gente não consiga saber o que ela diz.
O que é aquela direção?
Pra que aquelas cenas exageradas de sexo?
E a produção, a fotografia? O roteiro??
O cara não entendeu nada, impressionante!
Na boa, foi o maior desperdício! Pra mim que raramente tenho chance de ir ao cinema, só deu raiva!
Não sei como foi permitido que um filme ruim desse chegasse ao fim.
Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.