quarta-feira, 26 de novembro de 2008

7 meses

É o que completa hoje minha pequeníssima, a Raquel.
Cada dia mais sabida, simpática, risonha.
E há uns dias começou com uma mania fofa: fica puxando o próprio cabelo enquanto mama.
O cabelo dela nunca caiu, como o da maioria dos nenéns. Então ela 'tá cada dia mais cabeludinha e 'tá curtindo aqueles fios fininhos.
Uma linda, com a mania da mamãe.
Sete meses são quase uma gestação. Credo esse tempo!
'Inda bem que eu espremo ela toda dia, pra aproveitar bastante antes que cresça e não deixe mais.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Acidentezinho

Ontem bati num carro quando saía do estacionamento de um shopping. A rua é larga, mas de mão dupla. Tinha uma pessoa querendo entrar na minha vaga, outra atrás dela pra passar, eu me atrapalhei pra decidir pra que lado iria, enfim... Bati na porta de um carro estacionado.
O dono não estava. Anotei todos os meus dados num papel (aliás, em dois, pro caso de o vento levar um) e pus lá.
Nada demais, exceto minha tremedeira própria do susto.
Fiquei um pouco preocupada de o dono ser estressado, ficar muito bravo e tal. Mas esperei ligar.
Essa história toda acabou bem, mas gerou dois fatos bem interessantes.

Em geral eu tenho tentado não contar coisas ruins que outras pessoas fazem, mas neste caso, já que não sei o nome, acho que tudo bem. Pra gente ficar um pouco mais atento. Foi assim.
Logo que cheguei em casa me ligou a "guardadora" de carros, que, aliás, tinha anotado minha placa e meu telefone pra passar pro dono do outro carro. Propôs um "acordo": que eu desse 100 pratas pra ela, em troca de esconder do dono as minhas informações. Insistiu à beça, a despeito de eu dizer que eu só tinha de fazer acordo com o dono do carro.
Eu nunca me senti muito à vontade com guardadores de carro, mas fiquei triste porque agora tenho um fato pra justificar essa sensação. Eu preferia que fosse só preconceito meu, aí seria mais fácil tentar vencê-lo. Mas agora vou ter de vencer uma generalização que, embora igualmente injusta, tem uma história pra explicá-la. Saquinho!

Mas tem o outro fato, mais legal.
Com receio de os guardadores fazerem alguma coisa pra prejudicar o contato do dono do carro comigo, tentei saber se era possível localizá-lo pela placa. Legalmente não era, mas me informaram de que o certo era registrar ocorrência e esperar que, se ele nao me contactasse, talvez a polícia civil chegasse até ele.
O que gostei é que fiz o registro eletronicamente, pelo site da Polícia Civil do DF. Muito maneiro! Serve para ocorrências simples (como acidente de trânsito sem vítima), eu não tive de ir à delegacia, e logo à noite me mandaram um email com o boletim de ocorrência em pdf, já homologada. Adorei essa eficiência.

Pra rematar a história, a dona do carro (era mulher, afinal) ligou, pegou orçamento, passou hoje já em casa e levou a grana do conserto. Fez pra mim um recibo numa cópia da própria ocorrência e fim da história. Rápido e prático. Indolor.
Certo que a bichinha vai ficar até sábado sem carro, 'tadinha.
Se alguém estacionar perto de mim, é bom emborrachar seu veículo. Se levar em conta quantas vezes já me envolvi em batidas de carro (com minha culpa ou não), o risco é grande!
Mas até hoje todos estamos sãos e salvos, inclusive os carros. Graças a Deus!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Afazeres

Terminar as arvorezinhas de Natal.
Comprar as coisas de supermercado.
Fazer a mantinha da Alice.
Terminar a blusa da Ana.
Ler as Crônicas de Nárnia com a Cecília.
Fazer o "figurino" da peça de encerramento da SEAE.
Organizar minhas contas nas suas pastas.
Arquivar os documentos de todos daqui de casa.
Ler TODO o blog da Fal, desde o começo da existência.
Ver A casa do lago com a Júlia.
Ler os zil blogs maneiros que encontro pelos outros blogs afora.
Decifrar este enigma pra não ser devorada.
Dormir à noite.
Testar as receitas do pão do Outback.
Ligar pra saber do trabalho amanhã.
Ver o pessoal do Tribunal.
Conhecer a Júlia do Ramon.
Assitir à palestra da Rita na primeira segunda-feira do mês.
Lembrar do lanche na SEAE sábado que vem.
Comprar uma bola maneira pro Artur no seu primeiro aniversário.
Organizar as roupas da Raquel que já não servem.
Aprender a cortar e costurar minhas roupas com a minha cara.
Organizar os links no meu Google Chrome.


Mas sem dormir, como? 

domingo, 23 de novembro de 2008

"Ensaio sobre a Cegueira" no cinema

Finalmente fui ver o filme no cinema.
Forcei uma barrinha deixando a neném em casa com uma mamadeira a postos, porque tive receio de que saísse de cartaz. E não era um filme pra ver em casa, não mesmo.

Então... a gente sai do cinema com uma tendência a racionalizar: ah, faltou isso; ah, essa parte ficou mais amena; ah, ele explicou tal coisa e tirou aquela outra...
Tudo besteira.
Não tem como comparar mesmo um filme com seu original em livro. Isso é bobagem de purista como eu.
O fato é que o filme é impactante, sim. Não tem como aquela história passar despercebida, mesmo que a gente já conheça quase de cor.
Fiquei tensa, sim.
Roí as unhas.
Tive vontade de chorar pela pequenez humana.
Tive vontade de chorar pela leitura otimista do diretor, afinal de contas.
Sonhei a noite toda com o filme.

Não importa que emocione de outro jeito. É muito emocionante, sim.

'Inda bem que foi o Fernando Meirelles! 

domingo, 16 de novembro de 2008

Presentes do Dia das Crianças

Então que eu nunca fui a favor de dar presentes no Dia das Crianças. Nós não ganhávamos e não acho que me tenha feito falta.
Invenção bem comercial mesmo, e tão perto do Natal, sei lá, sempre achei desnecessário. Mas, se por algum motivo que podemos chamar de social, eu presenteasse, comprava livros. Que esses meninos que a gente conhece hoje em dia têm brinquedo demais, não dá nem tempo de brincar com tudo aquilo.
Como sempre achei que menino deve ter livro pra gostar de ler...
Nos últimos anos andávamos sempre duríssimos e comprávamos chocolate ou bala pra galerinha, a título de presente. Mas neste, graças a Deus, as finanças estão melhores, então retomei minha contribuição ao gosto dos meninos pelas letras.
Fui na Cultura e fiz a festa, comprei livro pras meninas daqui de casa e pra todos os sobrinhos. Até pros nenéns demos livros de banho, ri ri!
Acho que todos gostaram. E sabe que nem foi caro. Na média, cada um saiu por volta de 30 pratas. Achei excelente, 'inda mais pela qualidade dos presentes e considerando o quanto os livros no Brasil ainda custam caro, não?

Foram estes:

Ela pergunta o tempo todo quando é o próximo aniversário e outras datas significativas. Ainda 'tá se situando com os dias da semana, os indicativos de tempo e tal. A história é a cara dela!





Filhotes de bolso, pra sobrinha de 4 anos. A história é tão bonitinha, principalmente pra quem gosta de filhotes!









Querido Diário Otário, pra sobrinha de 10 anos, que leu quase todo na mesma tarde, o que deixou essa tia muito feliz com a escolha!









Judy Moody, pra sobrinha de 8 anos. Teve uns dias em que ela não soube onde pôs o livro e ficou pedindo pra minha irmã comprar outro! Mas ele apareceu, 'inda bem...








Alice no País dos Enigmas, pra sobrinha de 13 anos, craque em matemática, que ainda não leu porque tem uma fila meio grande de livros esperando por ela...








Sherlock Holmes e os Irregulares de Baker Street, pro sobrinho de 17, que é viciado em livros. É até difícil escolher novidades pra ele...









Lua Nova, para a Júlia. É o segundo livro da febre atual. Ela tenta me convencer a ler, e de vez em quando até tenho vontade, mas MORRO de medo de qualquer coisa relacionada a vampiro, então ainda não criei coragem... É pra rir de mim, eu sei, mas fazer o quê?







Ainda teve, pro sobrinho de 14 anos, um método de violão que não consegui achar no site da Cultura. Uma pena, é um livro com teoria e prática, que vem com 3 dvd's (básico, intermediário e avançado) que ensinam posições e músicas, meu marido, que toca violão e guitarra, quis até pra ele de tão legal que é.

Nárnia

A Cecília está apaixonada pelas Crônicas de Nárnia. Começou com o primeiro filme, O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, que viu numa versão baixada, falado em inglês. Várias vezes. Mesmo sem entender as falas (de vez em quando perguntava o que algum personagem 'tava dizendo), ela curtiu toda a história e torceu como louca na hora da batalha final. E comemorou pra caramba também.
Uns dias depois, o canal da Disney passou o filme dublado. Ela pirou: "Oba, agora eu consigo entender o que eles falam!"

Eu já tinha muita vontade de ler as histórias, além de ver o filme, que nunca consegui acompanhar até o final.
Com essa febre, acabei comprando o volume único das Crônicas, na Livraria Cultura, junto com os presentes de Dia das Crianças (que, aliás, é assunto pra outra postagem).

Como eu também não conheço as histórias, estou lendo em voz alta, junto com (para) ela. Estamos adorando, claro! A linguagem não é muito complexa, e combinamos que, quando aparecer alguma palavra que ela não conhece, vai me perguntar o significado.
Eu morro de vontade de continuar lendo, levar pros momentos vagos no trabalho ou num consultório, mas seguro a onda, pra também ser novidade pra mim, enquanto estiver "contando" a história pra ela.
Foi uma idéia que surgiu meio sem pensar, mas que é ótima, não? Ler pros pequenos livros que não são só pra eles. E que ainda não conhecemos, pra vivermos juntos as emoções. Imagino que seja uma boa maneira de criar neles esse amor pelos livros.
Que eu amo mesmo, não tem jeito! Herança do meu pai, e quem herda não furta, né, que bom!


Miniárvore de Natal


Minha nova invenção é essa arvorezinha de Natal em crochê, pra enfeitar o computador. Fiz baseada na árvore daqui de casa, que pretendo montar ainda nesta semana. Mas essa é cônica, pra ser feita de uma vez só.

Quando faço um trabalho de crochê (e talvez raciocine assim também pra outras atividades, nunca pensei sobre isso...), eu primeiro gosto de ter uma visão geral da peça, entender sua lógica. Seguir passo a passo ajuda, claro, mas sempre gosto de entender o mecanismo da coisa. Trabalho mais facilmente e também posso modificar alguma coisa, se precisar.

Então a minha miniárvore é um cone feito em pontos altos, com diminuição de 8 pontos a cada duas carreiras.
Ou seja, as duas primeiras carreiras têm 64 pontos; as duas próximas, 56; as duas seguintes, 48 e assim por diante, até fechar o cone.
A cada 4 carreiras (na 4ª, na 8ª e na 12ª), entram as bolinhas, que pus com base nesta aula da Elaine. Na 4ª e na 8ª, são 8 bolinhas; na 12ª, apenas 4, porque ela é bem mais estreita.

Material:
agulha de crochê de 3 mm, se o seu ponto for apertado, ou de 2,5 mm, se for um ponto mais frouxo, uma argola de acrílico de mais ou menos 11 cm de diâmetro, lã verde escuro (usei a Pingouin Brilho), 20 bolinhas e 1 estrelinha (compradas em loja de artigos para bijuterias).

1) Passei as bolinhas pela lã. Pode ser como a Elaine ensinou ou com uma agulha de bordado cujo buraco seja largo o suficiente para passar a lã e estreito para passar pelo furo da bolinha.
2) Cobri a argola de acrílico com 64 pontos baixos. (Parece que o número mágico para crochê redondo, seja para aumentar seja para diminuir, é 8. Só consigo bom efeito com múltiplos de 8.)
3) Fiz duas carreiras de 64 pontos altos (ponto sobre ponto de base). Ao final, emendei o último ponto alto com ponto baixíssimo na terceira correntinha feita para subir.
4) Na 3ª carreira, fiz 6 pontos altos e fechei juntos 7º e 8º pontos, para a diminuição. Segui assim até o final (6 pontos normais, dois próximos fechados juntos).
5) Na 4ª carreira, fiz 6 pontos altos, prendi a bolinha no 7º ponto como ensina a Elaine. Pulei um ponto de base (o "vêzinho" da carreira anterior, resultante da diminuição). Continuei assim até o fim da carreira: 6 pontos, 1 bolinha, pulei o ponto de base abaixo da bolinha.
6) 5ª carreira: 5 pontos altos, diminuí nos dois seguintes, e assim por diante.
7) 6ª carreira: apenas ponto alto sobre ponto alto.
8) 7ª carreira: 4 pontos altos, diminuição, até o fim.
9) 8ª carreira: 4 pontos altos, bolinha, até o fim.
10) 9ª carreira: 3 pontos altos, diminuição, até o fim.
11) 10ª carreira: ponto alto sobre ponto alto.
12) 11ª carreira: 2 pontos altos, diminuição, até o fim.
13) 12ª carreira: 5 pontos altos, bolinha, até o fim.
14) 13ª carreira: 1 ponto alto, diminuição, até o fim.
15) 14ª carreira: ponto sobre ponto.
16) 15ª carreira: diminuí, fechando juntos cada dois pontos altos.
17) 16 ª carreira: ponto sobre ponto.
18) 15ª carreira: diminuí, fechando juntos cada dois pontos altos.
19) Fiz um ponto baixo unindo todos os 4 pontos da carreira anterior.
20) Prendi a estrelinha como fiz com as bolinhas.

Nunca expliquei crochê por escrito. Se alguém quiser explicação melhor, é só pedir.


Adivinhação

Meu amigo ligadíssimo na Internet me mandou outro link maneiro (ele já tinha mostrado o blog do Saramago. E o Verdade Absoluta!).

A gente aqui em casa sempre brinca de "Pensei numa pessoa" (ou bicho, lugar, comida, brinquedo... variamos), pra passar o tempo no carro, quando falta luz ou só quando quer ficar todo mundo junto, embolado na cama.
A Cecília adora! E ela brinca direitinho, pensa em alguma coisa e responde nossas perguntas (tá certo que ela dá umas dicas às vezes), ou faz perguntas bem coerentes quando tem que adivinhar.
Rafael (o pai) é que é mestre em pensar numas pessoas dificílimas de achar, desafiantes mesmo.

Pois esse Adivinho brinca disso, mas na Internet.
Testei umas dez vezes, e ele só não acertou o Guimarães Rosa (mas foi de Machado de Assis) e o Marcelo Rubens Paiva. Mas ele é bem humorado quando não acerta. Um bom perdedor.  :)
Bem legal pra distrair numa noite braaaba de insônia!
 
A escola da Cecília (a Miúda) é beeeem ruim. No início, pusemos lá porque era perto. Não foi tão ruim enquanto era creche ou maternal. Teve um dia em que a professora pediu pra treinar as vogais em casa, mas ignoramos, porque ela tinha acabado de fazer 4 anos, e tudo bem.
Queríamos mudar de escola no começo deste ano, mas ela pediu pra ficar por causa dos amigos. Achamos justo.
Com o passar dos dias, porém, a coisa piorou muito. No começo, eles disseram que iam mostrar as letras e suas "famílias", mas só as que iniciassem os nomes da galerinha. Não era alfabetização, não tinham essa pretensão...
O ano passando, cada dever de casa me dava vontade de chorar. Descolados da realidade, não privilegiavam o raciocínio próprio da criança, forçavam a barra pra eles desenharem números sem, no entanto, ensinar noção de quantidade...
Nas férias de julho, pensamos de novo em trocar, mas pareceu que ia ser meio complicado, agüentamos mais um semestre. Arrependidos a cada novo dever, mas fazer o quê?

Semana passada veio um bem ilustrativo: "família" do S (apesar de ninguém na sala dela ter nome que comece com S). O dever trazia uns desenhos, o nome embaixo sem a primeira sílaba, e as crianças tinham de escolher a "certa" de uma listinha ao lado.
Um dos desenhos: uma sereia.
No dever do S. Pra uma menina que se chama Cecília. Que sabe escrever seu nome há uns dois anos. E que aprendeu a "família" do C no começo do ano.
O que a Cecília disse:
- Uai, mamãe, sereia? Mas o dever é do S... Acho que a tia I. não sabe escrever sereia, né, mamãe?
- É, Cecília, acho que ela não sabe mesmo...

Ela até sabe escrever sereia, mas de aprendizagem de escrita e leitura ela não tem a menor noção!

sábado, 15 de novembro de 2008

Nossos sacos de arroz de cada dia

Minhas meninas fazem evangelização infantil e, enquanto estão na aula, ficamos no grupo de pais. MUITO legal, uns aprendendo com os outros, bom demais.
E hoje a nossa "coordenadora" do grupo fez uma metáfora que adorei, que tem tudo a ver com minha postagem anterior.
Mais ou menos assim: nós, que somos pais imperfeitos, jamais daríamos aos nossos filhos de 3 anos, por exemplo, um saco de 5 quilos de arroz pra carregar. Se nós não faríamos isso, imagine se o nosso Pai celestial - perfeito - nos daria peso maior do que conseguimos carregar. Então nossos saquinhos de arroz diários ou eventuais aparecem na nossa vida porque Deus confia em nossa capacidade de carregá-los.
Se temos medo, é a nós que falta a confiança nele. Né, Tatiana?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A vida

Puxa, estou ainda em estado de choque.
Visitei o blog da Elaine pra pesquisar uma solução pruma coisinha que 'tou fazendo e soube da partida de sua filhinha. Eu nem sabia que ela tinha uma saúde frágil. Que coisa! A gente lê tanto uma pessoa, escuta tanto, e pouco sabe de sua vida. Estranho, né? Parece egoísmo, não sei.

Sou espírita e realmente acredito que não deixamos de existir. Mais: que não é por acaso que nascemos nas condições em que nascemos, nem que nossos pais nos recebem como filhos casualmente.
Mas nunca é simples pra mim ouvir uma notícia assim. E gozado que hoje, no trabalho, por duas vezes surgiu esse assunto, de filhos ou mães partirem desta vida, o que seria pior e tal. Fiquei com uma sensação esquisita. Que coisa, de novo.

Lindíssima a historinha do anjinho que a Elaine publicou com o convite para a missa de sétimo dia, que foi hoje à tarde. Eu teria ido à missa, se não estivesse trabalhando, só pra rezar mais de perto.
Mas vou fazer isso daqui de casa mesmo.
Desejo toda a força possível pra Elaine, seu marido e seu filho. Esse período inicial é o mais difícil, e com certeza eles vão precisar. Mas ela é uma pessoa muito querida e tenho convicção de que as orações de todos que lhe querem bem vão ajudá-los a passar por isso, até que a saudade se assente num canto da vida que segue.
E, um dia, todos se reunirão outra vez.
Admiro essa família por ter aceitado uma tarefa assim tão doída. Deus confia muito neles.
Que sigam fortes, então.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"Feliz Ano Velho", de novo

'Tou relendo o Feliz Ano Velho, do Marcelo Rubens Paiva, depois de - quantos? - uns vinte e poucos anos...
Ela está na lista do PAS - Programa de Avaliação Seriada da UnB, e minha filha teve de ler. Peguei meio despretensiosamente e já 'tou no meio, porque é bem facinho, né?
Gozado, da primeira vez eu tinha aí uns 16, 17 anos e lembro como fiquei encantada com o autor. De início, eu nem o conhecia (alienadinha que era), embora ele apresentasse um programa na TV Cultura, o Fanzine. Aí ficava torcendo por um "final feliz", achava que ele andaria e tal. Nem sabia que ele já era conhecido em sua cadeira de rodas.
Lembro também como fiquei curiosa com a linguagem dele, umas gírias que eu não conhecia, cujo significado nem entendia direito.
Hoje me surpreendi quando notei que ele é só 10 anos mais velho que eu. Tudo bem que isso significa que vai fazer 50, mas e daí? Interessante como, quanto mais adultos ficamos, menos impacto tem a diferença de idade. Naquela época ele parecia um cara anos-luz na nossa frente, totalmente descolado. Mas tinha só 20 anos, um menino!

Acho legal o livro, mas, literariamente, a gente tem de ser sincero: ainda não era lá essas coisas, né? Divertido, fluente, mas não literatura assim de grande qualidade.
Gozado que tenha entrado pra lista do PAS. Que será que os examinadores cobram sobre esse livro?
De qualquer modo, marcou uma época, não dá pra negar. Era quase obrigatório entre os (pelo menos pretensos) intelectuais da minha adolescência.
Qualquer dia desses vou reler também o Blecaute (que adorei) e fuçar os outros livros dele - nem sabia que tinha tantos.
Pra ver o que a Tatiana adulta vai achar do Marcelo Rubens Paiva cinqüentão!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Oito anos

"Oito horas de vôo num concorde
Cinco dias num barco mar adentro
Sete noites dormindo ao relento
Sete ciganas lendo a minha sorte
Quatro dias, em pé, no trem da morte
Vinte léguas montado num jumento
Sete mil flores no meu pensamento
E eu trilhando os últimos espaços
Pra ficar no conforto dos teus braços
Qualquer coisa no mundo eu enfrento

Valentia de pai ou de irmão
Concorrência com o astro do momento
Temporal, tempestade, chuva e vento
Holocausto, hecatombe e tufão
Desemprego, palestra e sermão
Tititi, coqueluche, casamento
Pé de ponte, mansão, apartamento
Paparazzi, sucessos e fracassos
Pra ficar no conforto dos teus braços
Qualquer coisa no mundo eu enfrento

Ladroíce, mutreta, malandragem
Álcool, droga, barato, passamento
Amnésia, larica, esquecimento
Roubalheira e má politicagem
Cabaré, palacete, sacanagem
Fome, greve, motim, acampamento
Confusão, batalhão, fuzilamento
Reclusão, solidão, sonho aos pedaços
Pra ficar no conforto dos teus braços
Qualquer coisa no mundo eu enfrento"
(João Linhares)

Tropecei muito até encontrar o conforto dos teus braços, mas hoje faz oito anos que me sinto em casa, finalmente. Como sempre acreditei que aconteceria. Como sempre quis e quererei.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Trabalho fantástico

Aliás, há muito quero elogiar a Elaine. Quando descobri seu blog, fiquei boba! É fantástica a maneira como ela ensina os trabalhos e como torna simples de fazer os pontos mais elaborados.
Além de fazer coisas muito legais, ela disponibiliza inúmeros vídeos, mesmo que façam parte dos dvd's que vende.
Eu tenho vontade de comprar um monte, mas, como tenho uma lista enorme de trabalhos de crochê pra fazer, que estão parados na fila, ainda não decidi quais quero primeiro. De qualquer modo, já aprendi várias coisas com os vídeos que ela deixa no blog. Indispensável pra quem gosta de crochê!

Minhas lembrancinhas de maternidade

Trabalhar menos horas faz um bem danado, tanto que, das três filhas, só pra caçula eu consegui fazer lembrancinhas de maternidade. Terminei tudo o que queria fazer pro enxoval e deixei as lembrancinhas pro final, claro, porque não eram assim essenciais. Mas foi bom, porque como as minhas meninas não têm pressa de nascer, em vez de ficar o tempo todo ansiosa com o início do trabalho de parto, eu ficava pensando em terminar as tais. Minha filha mais velha ajudou e fizemos 40, achando que ia ser demais, mas acabou sendo a conta. E acho que, se mais houvesse, mais iriam.
A idéia foi de um vestidinho que a Elaine faz para ímã de geladeira. Eu, porém, fiz chaveiro, porque queria algo mais útil. Fizemos de várias cores, e as pessoas escolhiam de acordo com seu gosto. A etiquetinha também foi feita em casa, pela minha irmã, e pregada com alfinete.

As fotos não estão muito boas, porque tirei com o celular, mas dá pra ter uma idéia. Os vídeos que ensinam a fazer estão nesse e nesse links, no YouTube.

Bolo de caneca

Um sobrinho descobriu essa receita muito legal. Confesso que ainda não fiz, mas ele fez, e outras duas sobrinhas também. Todos gostaram muito, principalmente, claro, pela praticidade e rapidez. 
Achei excelente pra quem precisa de um lanche rapidão, 'inda mais com criança em casa.
Uma das minhas sobrinhas diminuiu o açúcar, porque não gosta de coisas muito doces, e aí o bolo não cresceu tanto. Como a receita não inclui fermento, imagino que o açúcar é que faça as vezes.
Traduzida rapidamente, a receita é assim:
4 colheres (sopa) de farinha de trigo
4 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 ovo
3 colheres (sopa) de leite
3 colheres (sopa) de óleo
Numa caneca grande, misture farinha, açúcar e chocolate em pó. Depois, ovo; depois, leite e óleo. Ponha pra assar no microondas por 3 minutos, em potência alta (1000 watts).

A idéia é ótima, parabéns pra quem inventou!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

"Saraiva não"

"Saraiva NÂO" é um blog muito legal. Meu marido comentou que o encontrou numa busca qualquer que fez no Google.
Vale a pena acompanhar a briga do pessoal com a Saraiva. O fato é que a loja anunciou um IPod Touch 2ª geração mas 'tava vendendo o de 1ª. Em vez de se retratar, fez foi tentar enrolar os clientes cada vez mais.
Mas agora as pessoas 'tão aprendendo a botar a boca no mundo.
A Internet é massa mesmo, porque de um pra outro, daqui a pouco tem um monte de gente sabendo da história. Além de evitar compras na loja golpista, ajuda a criar uma nova atitude diante de trambiques desse tipo.
Maneiro. Torço pra que eles sejam linkados no maior número de blogs possível!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

E mais esse blog, então?

E não é que um dia 'tou no trabalho e um amigo me mostra esse Caderno? Que fã mais fuleira que eu sou, heim? Mas talvez a fuleirice seja mesmo meu traquejo com a Internet. Gosto muito, conheço blogueiras com as quais queria parecer, quando crescesse, mas na minha vida real é sempre tão difícil...
Com o IPhone - que continua sendo assunto prum outro post - já consigo ler muitas coisas, mas escrever nele não é tão automático quanto nesse teclado. Eu digito assim desde 14 anos, quando fiz o curso de datilografia (é, eu sou DESSE tempo...), muito difícil ter fluência naquele tecladinho, mesmo que em "touch screen". Enfim, taí o blog do Saramago.
Ainda não vi direito, depois falo mais. Mas é claro que volta e meia vou linká-lo, dá pra duvidar?
A propósito, não gostei nem um pouco do tal CSI. A despeito das potencialmente interessantes técnicas de encontrar e analisar pistas, eu nunca vou conseguir acompanhar uma série cujos episódios, todos, sem exceção, trazem uma morte violenta, um crime. Não tem nada a ver comigo.
E me impressiona a quantidade delas que existem por aí, nesses canais de tv a cabo.
Uma que fiquei a fim de ver, apesar da inevitável morbidez, foi Pushing Dayses. Mas aí o tom é totalmente diferente, né, e também a estética. Adorei a coisa meio Amélie Poulain. Até já pedi pro meu querido baixar, pra gente ver na seqüência, porque uma coisa de que não gosto é ver série aos pedaços, e toda fora de ordem. Dá uma preguiça!
Quando conseguir ver tudo, digo como foi.

Imdb

Há muito tempo eu fiz um post listando coisas de que queria falar. Eram muitas e nunca consegui retomar, imagina a ilusão!
Mas uma delas era o IMDb. Cara, que coisa fantástica esse site.
Tem TUDO!
Uma coisa que sempre encasqueto é com a cara dos atores em filmes, séries, às vezes até propragandas. Sabe aqueles eternos coadjuvantes? Que volta e meia você reconhece, sabe que já viu e não lembra de onde?
Pois vou lá no IMDb, acho o filme, o personagem e pronto: fuço até encontrar onde já tinha vista a tal cara.
O mais legal foi um sujeito que vi num episódio do CSI. Eu 'tava aqui de bobeira e resolvi ver um dia, só pra saber como era, porque já tinha ouvido algumas pessoas dizerem que gostavam. Aí fiquei com essa lembrança do vilão. Já o tinha visto, mas não tinha idéia de onde. Nem o nome do carinha eu sabia. Aliás, nem nadinha sobre o episódio, de qual temporada era, nada!
Pois achei no Google o tal espisódio, que tratava de quimerismo, casei com a busca no IMDb e descobri que ele tinha feito uns episódios de Friends. Maneiro.
Devia ter base de dados assim pra todas as categorias de futilidades existentes. Inclusive novelas da Globo. Tem umas antigas que ficaram na minha precária memória da infância, e tem vez que dá vontade de fuçar alguma informação perdida... Tem agora o site da Globo, mas não chega nem perto do IMDb, né? Quem sabe um dia eles crescem!

Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.